Nos últimos anos, os brasileiros veem cada vez mais carros com um design futurista e com sigla BYD na traseira. A montadora chinesa chegou ao Brasil com uma estratégia agressiva, desafiando as gigantes tradicionais e colocando o carro elétrico como uma possibilidade real para muitos motoristas que antes nem cogitavam essa mudança.
Mas, passado o encanto inicial de todo o “futurismo”, fica a pergunta: será que entrar nessa onda é um bom negócio ou uma aposta arriscada? Para te ajudar a decidir, analisamos o cenário atual com base na experiência de quem já tem um na garagem e na opinião do mercado.
Veja o lado positivo e negativo de adquirir um veículo BYD
Comprar um carro, especialmente um elétrico de uma marca que está se consolidando agora no país, é quase como um namoro: a paixão pelo design e pela tecnologia é imediata, mas é preciso analisar se a convivência a longo prazo será saudável. A BYD (que lidera as vendas de elétricos no país com o modelo Dolphin) trouxe uma revolução de preços, mas também carrega as desconfianças naturais de uma “novata” no mercado de massa brasileiro.
Vantagens
O principal atrativo da BYD é, sem dúvida, o custo-benefício. A marca conseguiu entregar carros elétricos com acabamento superior e listas de equipamentos generosas por preços que brigam diretamente com carros a combustão de entrada e intermediários.
Tecnologia e acabamento: Os veículos chamam atenção pelo interior moderno. Itens como câmeras 360º de alta resolução, assistentes de voz e acabamento soft-touch são padrão em versões que custam o mesmo que um hatch “pelado” de marcas tradicionais. Segundo relatos de proprietários, a percepção de valor é alta. Ao consultar quem já comprou, a resposta é positiva: o nível de equipamentos e o conforto são frequentemente citados como pontos altos da experiência.
Economia de combustível: O óbvio precisa ser dito. O custo por quilômetro rodado na energia elétrica é drasticamente inferior ao da gasolina ou etanol. Além disso, a manutenção preventiva de um elétrico é mecanicamente mais simples (sem troca de óleo, correias, velas, etc).
Garantia e bateria: A BYD utiliza as baterias Blade (de lítio-ferro-fosfato), consideradas umas das mais seguras e duráveis do mundo, oferecendo garantias longas (geralmente 8 anos para a bateria), o que mitiga o medo da degradação precoce.
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Desvantagens
Nem tudo, porém, é silêncio e conforto. A rápida expansão da marca também trouxe coisas que o consumidor precisa colocar na balança antes da compra.
Pós-venda e peças: Este é o “calcanhar de Aquiles” atual. Com o volume de vendas explodindo, a rede de concessionárias e a logística de peças de reposição ainda estão correndo atrás do prejuízo. Há relatos de demora para reparos em casos de colisão, o que gera insegurança. Essa incerteza sobre o suporte a longo prazo é um dos principais motivos que explicam por que uns amam e outros odeiam a marca chinesa neste momento de transição.
Desvalorização e revenda: O mercado de usados para elétricos ainda é uma incógnita. O medo de que os carros desvalorizem muito rápido (devido à evolução tecnológica das baterias ou à saturação do mercado) é um ponto de atenção. Quem compra hoje, compra apostando que a marca se manterá sólida.
Suspensão e pneus: Alguns proprietários relatam que a calibração da suspensão, focada no conforto, pode ser macia demais para a “buraqueira” brasileira, além de um desgaste de pneus ligeiramente acentuado devido ao torque instantâneo e ao peso das baterias.
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