Muito criticada tanto por seu sabor intenso como por ser um prato associado à baixa condição financeira, a sardinha tem ocupado um espaço cada vez menor no prato dos brasileiros. Esse peixe, porém, é um grande aliado da saúde e do bolso.
A sardinha é uma rica fonte de ômega-3 e muito mais acessível que outros peixes que aportam este nutriente como o atum e o salmão. Esses nutrientes se preservam mesmo na versão em lata e contribuem com a saúde do coração.
Além disso, a sardinha é fonte de proteínas e também traz vitaminas e minerais para a mesa. A sardinha fornece vitamina D, B12 e cálcio em níveis relevantes, além de poder ser preparada de diversas formas, de pratos quentes a saladas, o que ajuda a integrá-la ao cardápio.
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Sardinha em lata faz bem?
Segundo a nutróloga Karla Confessor, o processo moderno de conservação mantém valor nutricional e segurança sanitária, permitindo acesso regular a nutrientes essenciais sem perda relevante.
“O peixe em conserva preserva proteínas de alto valor biológico, cálcio, vitamina D e, principalmente, o ômega-3, essencial para a saúde cardiovascular e o controle de inflamações”, comenta Karla.
Quando consumida com espinhas, a sardinha em lata oferece vantagem adicional. Durante a esterilização, as estruturas de sua espinha se desagregam e enriquecem o alimento com cálcio, o que não está presente nem na versão fresca. Mas é preciso ter atenção ao excesso de sal na composição de algumas marcas.
Impacto no corpo e no bem-estar
O consumo regular de sardinha e atum oferece benefícios amplos, mas é o aporte de ômega-3 que se destaca. O ingrediente atua na saúde cardiovascular, cerebral e no controle de inflamações.
Os benefícios chegam até ao cérebro. “O ômega-3 da sardinha ajuda até na liberação equilibrada de neurotransmissores. Por isso, estudos mostram que quem consome ômega-3 regularmente apresenta menos sintomas de depressão e mau humor”, afirma a nutricionista Laíta Babio, do Espaço Hi, em São Paulo.
Embora reforce que o peixe não é em si um alimento milagroso, Laíta indica que ele tem um papel estratégico por ter equilíbrio e bom custo benefício para a alimentação. “Os pescados enlatados, como a sardinha, são uma opção alimentar prática e de alto valor nutricional que permitem aliar praticidade à versatilidade nos preparos”, completa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos duas porções de peixe por semana. Isso equivale a cerca de 12 quilos por pessoa ao ano. Apesar da grande oferta de peixes de água doce e salgada no Brasil, o país registra consumo médio de 9,6 quilos. Você está nessa média? Vai aí, então, uma sardinha?





