Desde o dia 9 de dezembro, o Museu da Imigração (MI), em São Paulo, apresenta ao público uma nova exposição de longa duração: Migrar – Histórias Compartilhadas Sobre Nós. A mostra, que marca um novo posicionamento do museu frente às migrações, foi produzida a partir do projeto curatorial colaborativo que, desde 2022, promoveu a escuta de migrantes, refugiados, acadêmicos, ativistas, moradores do entorno, visitantes e instituições relacionadas à temática migratória.
Com interatividade e novos recursos tecnológicos, a exposição convida o público a uma imersão nas diversas camadas do tema. São onze módulos que abordam aspectos como territórios e fronteiras; viagens; deslocamentos negros e indígenas; imigração no Brasil; migrações internas e diáspora brasileira.
Totalmente reformulada, a exposição amplia a relação entre a temática das migrações e a arte contemporânea. As obras são instalações que mesclam suportes analógicos, digitais e inteligência artificial. Ao todo, foram seis artistas convidados, de diferentes origens e trajetórias: Adriane Kariú; Paulo Chavonga; Daniel Jablonski; Marcelo D´Salete; Marco Haurélio e Lucélia Borges.
Por outro lado, considerando a ligação afetiva do público com a história da Hospedaria de Imigrantes do Brás e a relevância dos objetos do acervo do museu, itens inéditos foram incorporados ao projeto e algumas surpresas passam a integrar a experiência do visitante. As pessoas poderão deitar e ouvir relatos de migrantes que passaram pelo local e recursos de acessibilidade foram aplicados às gavetas que guardam cartas históricas, contando agora com narração e Braille. Já a icônica parede de sobrenomes é complementada com uma reflexão sobre pertencimento e origem.
Instalação das camas da Hospedaria de Imigrantes do Brás ganha recursos de<br />interatividade e acessibilidadeRaul Fonseca e Diego Santoro/Museu da Imigração/Divulgação
Entre os pontos de destaque da mostra, o módulo ‘Viagem’ convida o público a uma experiência de conexão com a jornada do migrar. Uma projeção imersiva, com imagens reais de deslocamentos no Brasil e ao redor do globo; mapas interativos; depoimentos reais e objetos colocam o visitante cara a cara com os desafios e surpresas dos trajetos migratórios.
Já o módulo ‘Deslocamentos Indígenas e Negros’ reafirma o compromisso do museu em participar do debate sobre os impactos do racismo para a história nacional, ampliando as vozes sobre o que significa migrar no Brasil. Aqui a mostra traz linguagens diversas com a instalação da artista Adriane Kariú — que mescla fotografia e inteligência artificial para falar da invisibilização indígena — e HQs de Marcelo D´Salete, que trazem a resistência da cultura negra como assunto.
Outro módulo que ressalta a inclusão de grupos relegados é o ‘Migrações Internas’. Essa mostra utiliza fotografias, textos, depoimentos, jornais e uma instalação de cordéis para falar sobre pessoas vindas de outras cidades do estado e de regiões do Brasil, destacado sua importância para o desenvolvimento, diversidade cultural e o cosmopolitismo de São Paulo.
Em ‘Diáspora Brasileira’, a ótica de brasileiros que vivem fora do país é abordada. Comunidades no exterior; destinos e as razões pela qual essa migração ocorre são alguns dos temas. Dados estatísticos e depoimentos revelam diferentes experiências. No mesmo módulo, o artista Daniel Jablonski apresenta a instalação Still Brazil, que investiga a representação do Brasil em outras culturas, tal como o país aparece fixado em obras cinematográficas.
Por fim, vale destacar o módulo que traz discussão, junto ao público, de uma questão central para o museu: o que são os patrimônios do migrar? A intenção é apresentar uma visão integrada sobre o assunto, de que todas as partes – material, imaterial, comunitária, institucionalizada – são igualmente válidas e correspondem a aspectos ou dimensões diferentes da discussão. Nesse momento da mostra, será possível conferir a pintura Mama Diop, do artista angolano Paulo Chavonga.
Serviço
Onde? Museu da Imigração – Rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca – São Paulo.
Quando? De terça-feira a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h).
Quanto? R$ 16 a inteira e R$ 8 a meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos. Grátis aos sábados. Crianças até 7 anos não pagam. As entradas podem ser adquiridas antecipadamente pelo site oficial.
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