A ciência nos surpreende todos os anos com achados intrigantes. 2025 foi marcado por descobertas de exoplanetas, asteroides, buracos negros e matéria escura, além de progressos na computação quântica e avanços na pesquisa sobre xenotransplantes — os transplantes de órgãos de porcos para humanos.
Em 2026 não deve ser diferente. O próximo ano promete ser um prato cheio, com missões para a exploração do espaço e dos oceanos e pesquisas sobre o tratamento de doenças genéticas e detecção de cânceres.
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Referência no mundo da ciência, a revista Nature listou os principais avanços que você deve ficar de olho em 2026. Confira!
Eventos científicos para acompanhar em 2026
Avanço da inteligência artificial (IA)
A inteligência artificial esteve bastante presente no desenvolvimento de pesquisas em 2025. A tendência é que no próximo ano a presença do auxílio tecnológico aumente ainda mais. Os robôs são responsáveis por dar aquela “mãozinha” na execução de processos complexos e de múltiplas etapas. Com a adição da IA, tudo isso se torna mais rápido e até mais eficiente.
Missões para a Lua
Duas pesquisas importantes estão programadas para serem enviadas à Lua em 2026. A primeira delas é a missão Artemis II, da Nasa, que enviará quatro astronautas para um voo de dez dias sobre a órbita lunar (é a primeira tripulada desde a década de 1970). A segunda é a sonda lunar Chang’e-7, do Programa Chinês de Exploração Lunar (CNSA), que será lançada para o satélite natural em agosto, para estudar o polo sul lunar.
Exploração das luas de Marte, exoplanetas e Sol
Japoneses planejam enviar uma missão de exploração às luas de Marte em 2026, a Fobos e a Deimos. A expectativa é trazer amostras da superfície de pelo menos uma delas em 2031, um acontecimento inédito.
Já a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) planeja lançar o satélite PLATO para monitorar mais de 200 mil estrelas e buscar novos planetas parecidos com a Terra.
O ano de 2026 também é importante para quem já está no espaço. Monitorando o Sol desde 2024, a missão indiana Aditya-L1 continuará observando nossa estrela central com objetivo de ter dados suficientes para constituir uma imagem mais perfeita da superfície do Sol durante o máximo solar – evento de pico que pode intensificar a criação de auroras boreais e impactar satélites e redes elétricas na Terra.
Investigações no fundo do mar
Voltando para a Terra, o navio de perfuração oceânica chinês Meng Xiang tem planos para começar sua primeira expedição científica em 2026. A embarcação tem capacidade de perfurar até 11 quilômetros do fundo do mar, por meio da crosta oceânica, indo até o manto terrestre. O objetivo é coletar amostras para entender melhor o fundo oceânico e o que provoca sua atividade tectônica.
Edição genética para tratar doenças raras
A expectativa é que o ano seguinte marque o início de dois ensaios clínicos para progredir no desenvolvimento de terapias genéticas personalizadas para tratar crianças com doenças genéticas raras. Em 2025 foram feitos avanços significativos no assunto, com um bebê norte-americano recebendo a terapia CRISPR adaptada para reverter a mutação específica causadora da doença.
A aplicação tem prosperado e pesquisadores responsáveis pelo projeto buscam a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência equivalente à Anvisa nos EUA, para realizar um ensaio clínico na Filadélfia em outras crianças com doenças metabólicas raras.
Exame de sangue que detecta câncer
Outro ensaio clínico, mas desta vez no Reino Unido, promete revolucionar a identificação de câncer nos próximos anos. Cientistas devem divulgar em 2026 os resultados de um estudo ligado a um exame de sangue com capacidade de detectar cerca de 50 tipos de câncer antes do surgimento dos sintomas, através do DNA. A pesquisa contou com mais de 140 mil participantes.
