Eletrodomésticos emitem várias partículas nocivas à saúde, diz estudo

Ao investigar os níveis de poluição no ar ligados a eletrodomésticos, pesquisadores sul-coreanos identificaram que aparelhos comuns, como torradeiras, fritadeiras elétricas e secadores de cabelo, emitem diversas partículas ultrafinas (UFPs). Em estudos anteriores, as UFPs foram associadas a doenças como asma, doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes e câncer.

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A pesquisa mais recente foi liderada por cientistas da Universidade Nacional de Pusan ​​(PNU), na Coreia do Sul, e teve os resultados publicados em meados de setembro na revista científica Journal of Hazardous Materials.

Foram testados eletrodomésticos comuns na rotina e as respostas foram preocupantes: a maioria dos equipamentos emitiu grandes quantidades de UFPs, sendo a torradeira automática o pior exemplo. Mesmo sem nenhum pão sendo tostado, o aparelho gerou cerca de 1,73 trilhão de partículas ultrafinas por minuto.

Os resultados obtidos sugerem que as bobinas de aquecimento elétrico e os motores CC com escovas, componentes comuns nos aparelhos, são os responsáveis pela emissão em massa.

Em comparação com secadores de cabelo com motores internos, por exemplo, os produtos sem escovas geraram de 10 a 100 vezes menos partículas.

Como são muito pequenas, as partículas entram facilmente pelas pelo nariz, podendo chegar até os pulmões de adultos e crianças. Por ter vias aéreas menores, os pequenos correm mais risco com a presença das UFPs no organismo.

Além das UFPs, também foram encontradas evidências de metais pesados, incluindo cobre, ferro, alumínio, prata e titânio.

“Nosso estudo enfatiza a necessidade de um design de eletrodomésticos que leve em consideração as emissões e de diretrizes de qualidade do ar interno específicas para cada faixa etária”, afirma o coautor do artigo, Changhyuk Kim, em comunicado.

De acordo com os pesquisadores, é essencial a adequação de segurança dos eletrodomésticos, visto que muitos estão presentes no dia a dia da população mundial. “Compreender a origem dos poluentes ajuda a desenvolver medidas preventivas e políticas para manter uma qualidade saudável do ar interior”, finaliza o especialista.