Pode parecer exagero para alguns, mas o luto que sentimos por um personagem é real para o nosso cérebro, já que passamos horas “convivendo” com essas figuras nas telas.
O conceito de interações parassociais
A Oxford Academic possui estudos sobre as “Interações Parassociais”, explicando como o cérebro humano não distingue completamente entre amigos reais e personagens durante o processo de conexão emocional.
Convivência prolongada
Ao maratonar episódios, passamos mais tempo com personagens do que com conhecidos reais, fortalecendo o vínculo.
Empatia profunda
Acompanhamos vulnerabilidades e segredos dos personagens, o que gera uma intimidade psicológica unilateral.
Luto parassocial
A morte fictícia interrompe esse vínculo abruptamente, ativando as mesmas áreas cerebrais de uma perda real.
Por que o cérebro não diferencia ficção de realidade
A mente humana evoluiu para processar interações sociais em um mundo onde não existiam telas. Quando vemos um rosto familiar e ouvimos uma voz com frequência, nossos circuitos neurais ativam o sistema de recompensa e de apego, independentemente de aquela pessoa ser um ator em um cenário ou um vizinho de porta. Essa confusão biológica explica por que sentimos o “vazio” no peito quando o arco de um herói é interrompido tragicamente.
Quando um personagem morre na série, as mesmas áreas do cérebro ligadas à perda são ativadas – (Imagem gerada por
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Comparação entre conexões reais e parassociais
Entender as semelhanças entre esses dois tipos de relacionamento ajuda a validar os sentimentos que surgem após o término de uma temporada ou a morte de um protagonista querido.
O luto por personagens fictícios é real: o cérebro cria vínculos emocionais como se fossem pessoas próximas – (Imagem gerada por
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
O papel das maratonas na intensificação do luto
O hábito de assistir a vários episódios em sequência acelera o processo de formação de vínculo. Em poucos dias, acumulamos uma “história” com o personagem que, em condições normais, levaria anos para ser construída. Essa intimidade instantânea faz com que a perda seja sentida de forma muito mais aguda, pois a conexão foi forjada através de uma imersão profunda, transformando a tela da TV em um espelho das nossas próprias necessidades sociais e afetivas.
Leia mais:
Os 8 protagonistas mais invencíveis do cinema – Olhar Digital
10 personagens mais ODIADOS dos filmes e séries – Olhar Digital
Netflix revela Toph com efeitos inéditos e figurino realista em Avatar
O post A ciência explica por que sofremos tanto quando um personagem de série morre apareceu primeiro em Olhar Digital.






