Conforme noticiado pelo Olhar Digital, na noite de segunda-feira (22), o primeiro foguete comercial lançado a partir do Brasil teve sua missão interrompida poucos segundos após a decolagem. O HANBIT-Nano explodiu ainda na fase inicial do voo.
O equipamento é da empresa sul-coreana Innospace, que sofreu duras quedas nas bolsas de valores durante esta terça-feira (23). Mesmo assim, uma nova tentativa não deve demorar muito.
Foguete lançado do Brasil explodiu no ar
O foguete HANBIT-Nano, da Innospace, foi lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Uma gravação feita por drone capturou o instante exato em que a máquina se desintegra no ar e se transforma em uma grande “bola de fogo”, segundos após a decolagem, às 22h13 (horário de Brasília). Você pode assistir o vídeo por este link.
Durante a transmissão oficial da Innospace, surgiu na tela a mensagem “Nós enfrentamos uma anomalia durante o voo”, em inglês, indicando que um problema havia sido detectado. Pouco depois desse aviso, o sinal da transmissão foi interrompido. Esse tipo de procedimento é considerado padrão em lançamentos espaciais quando não seguem conforme o planejado ou precisam ser abortados por razões de segurança.
No site da empresa, o CEO Kim Soo-jon divulgou uma carta aos acionistas pedindo desculpas pela missão não concluída. “Lamentamos profundamente não termos conseguido atender às expectativas de nossos acionistas, que apoiaram nosso primeiro lançamento comercial”.
O voo não era tripulado e não houve feridos.
Ações da Innospace caíram
A carta do CEO não foi suficiente:
Durante esta terça-feira, as ações da empresa despencaram em quase 29% em Seul, segundo a Reuters;
A queda foi a maior já registrada desde a abertura de capital da companhia, em julho de 2024.
Projeto espacial do Brasil deve sofrer adiamentos
O lançamento do HANBIT-Nano a partir da base do Maranhão era simbólico: seria o primeiro foguete comercial lançado a partir do Brasil. Mesmo assim, ele sofreu uma série de adiamentos, que atrasaram a decolagem em cinco dias.
Há mais de duas décadas, em 2003, outro lançamento já tinha fracassado em Alcântara, quando um foguete carregando um satélite explodiu na plataforma de lançamento e matou 21 pessoas. Segundo a Reuters, isso adiou o programa espacial brasileiro em uma geração.
Embora a missão do HANBIT-Nano não tenha saído como planejado, os dados coletados durante o voo são “uma conquista significativa”, segundo a Innospace. Uma nova tentativa deve ser realizada no primeiro semestre do ano que vem.
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