Um satélite da constelação Starlink, operada pela SpaceX, foi registrado após sofrer uma falha em órbita. A imagem foi captada em 18 de dezembro pelo satélite de observação WorldView-3, durante uma passagem sobre o Alasca, nos Estados Unidos, e mostrou a espaçonave girando sem controle no espaço.
O problema começou no dia anterior, quando o satélite perdeu comunicação com a Terra e acionou de forma indevida seu tanque de propulsão — sistema que armazena o combustível usado para manobras orbitais.
Sem conseguir estabilizar a nave ou receber comandos das equipes em solo, o equipamento passou a girar continuamente, o que inviabilizou qualquer tentativa de correção da trajetória.
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Desde então, a Starlink informou que o satélite entrou em uma descida gradual em direção à atmosfera. A previsão é que ele reentre nas próximas semanas e seja destruído pelo calor intenso, sem atingir a superfície.
Imagem revela estado da espaçonave
Para avaliar a condição do satélite após a falha, a SpaceX solicitou imagens detalhadas à empresa Vantor, responsável pelo WorldView-3. O registro foi feito a cerca de 241 quilômetros de distância e alcançou resolução aproximada de 12 centímetros, o que permitiu observar a estrutura com bastante precisão.
“Nossa equipe conseguiu agir rapidamente e confirmar que o satélite estava praticamente intacto”, afirmou Todd Surdey, vice-presidente executivo da Vantor, em comunicado. Segundo ele, a informação ajudou a SpaceX a avaliar a extensão dos danos e a tomar decisões sobre os próximos passos.
Detritos e segurança orbital
Avaliações posteriores indicaram que a falha também provocou a liberação de uma quantidade limitada de detritos. A SpaceX informou que esses fragmentos são poucos, estão sendo monitorados e não representam um risco significativo para outras espaçonaves que operam na órbita baixa da Terra.
Em publicação nas redes sociais, o vice-presidente de engenharia da Starlink, Michael Nicolls, agradeceu à Vantor pela rapidez na obtenção das imagens e afirmou que tanto o satélite quanto os fragmentos associados devem se desintegrar completamente durante a reentrada atmosférica.






