Dormir em meio ao oceano aberto pode parecer um desafio arriscado, mas as lontras marinhas desenvolveram táticas incríveis e extremamente carismáticas para garantir sua segurança durante o repouso.
Como as lontras garantem a união do grupo durante a noite
Segundo informações detalhadas pelo Monterey Bay Aquarium, esses animais utilizam recursos naturais e laços sociais para evitar que as correntes marítimas os levem para longe enquanto descansam.
Uso das algas
Elas se enrolam em mantos de kelp (algas gigantes) que funcionam como âncoras naturais presas ao fundo do mar.
De mãos dadas
Membros da mesma família ou grupo dão as mãos para formar “jangadas” estáveis, impedindo a separação individual.
Vigilância coletiva
Ao ficarem juntas, as lontras aumentam as chances de perceberem predadores, garantindo um sono muito mais tranquilo.
O papel fundamental das algas gigantes na segurança
As florestas de algas gigantes, conhecidas como kelp, funcionam como verdadeiros berçários e portos seguros para esses animais. Ao se enrolarem nas folhas longas e resistentes, as lontras criam um mecanismo simples, porém, eficaz, de ancoragem que as mantém flutuando em uma área fixa, mesmo quando as correntes marinhas se tornam mais fortes durante a noite.
Essa dependência do ecossistema marinho mostra como a sobrevivência das lontras está diretamente ligada à saúde das florestas subaquáticas. Sem as algas para se prenderem, o descanso desses mamíferos seria muito mais exaustivo, exigindo um gasto constante de energia para nadar e manter a posição, o que prejudicaria sua capacidade de caça e reprodução ao longo do tempo.
Curiosidades sobre o comportamento das lontras no mar
A importância social das jangadas de lontras
Além da função prática de sobrevivência, o hábito de dar as mãos revela uma estrutura social complexa e afetuosa entre as lontras marinhas. Essas “jangadas” (ou rafts) costumam ser divididas entre grupos de machos e grupos de fêmeas com seus filhotes. O contato físico reforça os laços comunitários e garante que nenhum indivíduo, especialmente os mais jovens ou vulneráveis, acabe isolado em mar aberto.
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Observar esse comportamento permite entender que a fofura das lontras é, na verdade, uma evolução biológica astuta. A cooperação mútua é a chave para que esses pequenos mamíferos consigam prosperar em um ambiente tão vasto e imprevisível. Ao garantir que o grupo permaneça unido, elas transformam o momento de maior vulnerabilidade (o sono) em uma demonstração de força coletiva e cuidado mútuo.
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