Roma já é conhecida por atrações como o Coliseu, a Fontana di Trevi, o Panteão… enfim, a lista é longa. Mas, entre tantas camadas de história, a cidade está prestes a revelar mais uma: os túneis subterrâneos Grottino del Campidoglio, conhecidos também como Gruta Capitolina.
Fechada ao público há quase cem anos, essa vasta rede de cavernas sob a Piazza del Campidoglio será reaberta entre o final de 2026 e o início de 2027, após obras de restauração e adaptação. O complexo ocupa cerca de 3.900 m² e se estende por até 300 metros de profundidade, passando abaixo de pontos icônicos como o Fórum Romano e o Teatro de Marcelo.
Milênios de história preservados no subsolo
Segundo arqueólogos, parte das estruturas já era utilizada antes mesmo da era de Júlio César (100-44 a.C.). Ao longo dos séculos, a gruta foi assumindo diferentes funções: foi pedreira, cisterna, armazém, loja, taverna e até moradia popular.
O uso contínuo dos túneis foi interrompido nos anos 1920, quando Benito Mussolini ordenou o fechamento e o aterramento de boa parte do complexo como parte de seu plano de modernização de Roma. No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, alguns trechos do sistema foram reabertos como abrigos antiaéreos, com portas reforçadas, banheiros improvisados e até uma pequena enfermaria usada nos bombardeios de 1943. Depois disso, o local foi fechado e praticamente esquecido.
Redescoberta, escaneada e restaurada
O projeto de restauração está sendo liderado pelo grupo de arquitetura Insula, especializado em conservação de patrimônio. Antes do início das obras, arqueólogos utilizaram escaneamento a laser para mapear e registrar marcas no local. Logo nas primeiras etapas, foram encontradas inscrições medievais, fragmentos de afrescos e até alicerces de uma estrutura pré-romana, possivelmente ligada ao antigo Templo de Júpiter Capitolino.
A restauração inclui instalação de iluminação, reforço estrutural, sistema de ventilação forçada (usada para controlar o gás radônio emitido pelas rochas vulcânicas) e medidas de acessibilidade. Um sistema de monitoramento sísmico também será instalado.
Visitas guiadas e um novo museu
O Grottino del Campidoglio surge como um lembrete poderoso de que Roma tem ainda muitos segredos sob seus pés. A reabertura do local será feita com controle rigoroso de público, e as visitas só poderão ser realizadas com guias especializados, tanto por questões de segurança quanto para preservar a integridade do local.
A experiência funcionará como uma junção entre arqueologia e espeleologia (ciência que estuda cavernas). Além da exploração subterrânea, está prevista a criação de um museu no nível superior. O acervo incluirá peças encontradas na própria gruta, como vasos e argolas de ferro. Muitos desses objetos estavam armazenados em depósitos dos Museus Capitolinos, e agora serão exibidos em seu contexto original.
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