“Ozempic brasileiro”: canetas serão fabricadas em parceria com a Fiocruz

As primeiras canetas emagrecedoras produzidas no Brasil começaram a ser vendidas nas farmácias nesta semana. Agora, para ampliar a oferta dos medicamentos, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou um acordo com a farmacêutica brasileira EMS.

A medida permite a fabricação de versões próprias da liraglutida, princípio ativo do Saxenda, e da semaglutida, ingrediente do Ozempic e do Wegovy. Os produtos são utilizados para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

Fiocruz deve assumir produção no futuro (Imagem: ByDroneVideos/Shutterstock)

Produção será nacionalizada de forma gradual

O acordo prevê a transferência completa da tecnologia de fabricação. Isso significa que tanto a síntese do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) quanto a formulação final do medicamento serão realizadas em território brasileiro.

Inicialmente, a produção ocorrerá na fábrica da EMS, em Hortolândia, São Paulo. Em um segundo momento, haverá a transferência das operações para o Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos, unidade da Fiocruz no Rio de Janeiro.

Canetas emagrecedoras são utilizadas para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade (Imagem: myskin/Shutterstock)

Em nota conjunta, a Fiocruz e a EMS afirmaram que as injeções subcutâneas oferecem uma abordagem de alta eficácia e são consideradas inovadoras para o tratamento de diabetes e obesidade. Elas também destacaram que a parceria marca um avanço significativo da indústria nacional.

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Medicamentos podem ficar mais acessíveis

Ainda não há prazo para que a produção seja totalmente nacionalizada.

A intenção é que Farmanguinhos assuma o processo gradualmente, o que pode reduzir a dependência de importações e baratear os preços das canetas emagrecedoras.

Segundo o Ministério da Saúde, a produção local também deve permitir a ampliação do uso desses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente no caso de pacientes com obesidade grave.

O ministro Alexandre Padilha ainda disse que o governo estuda oferecer os medicamentos a pacientes que aguardam por cirurgias bariátricas, caso estudos mostrem impacto positivo na saúde desses grupos.

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