A ascensão da inteligência artificial coloca a Apple diante de um dilema estratégico: manter seu histórico compromisso com a privacidade ou ceder à tendência de sistemas que dependem de grandes quantidades de dados pessoais para oferecer experiências altamente personalizadas.

Enquanto empresas como Meta, OpenAI e Microsoft avançam com dispositivos e serviços de IA projetados para “ver, ouvir e registrar” a vida dos usuários, a Apple busca uma abordagem mais restritiva, como explica o Wall Street Journal.

Sob a liderança de Tim Cook, a companhia reforçou a privacidade como valor central — postura que já afetou rivais, como o Facebook, e rendeu embates com o governo dos EUA.

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Apple usa método alternativo

Para conciliar inovação e proteção de dados, a Apple vem apostando no processamento local de informações no próprio iPhone e, quando necessário, em sua “Computação em Nuvem Privada”, que processa mas não armazena dados.

Apesar disso, os recursos de IA da empresa ainda são limitados e alguns foram adiados.

Em certos casos, a Apple recorre ao ChatGPT da OpenAI, exigindo consentimento do usuário e prometendo anonimato.

Superar concorrentes não será fácil

O desafio é competir com rivais que exploram dados de forma mais ampla para aprimorar seus modelos.

Zuckerberg prevê óculos inteligentes com “superinteligência” integrada; Altman e Jony Ive trabalham em um dispositivo de IA ciente do ambiente do usuário. Já a Microsoft aposta em IA pessoal, mas com dados criptografados e efêmeros.

Críticos veem a Apple avançando lentamente, mas Cook aposta que, na corrida da IA, a privacidade continuará sendo um diferencial poderoso para atrair consumidores.

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