Um fóssil de dinossauro descoberto em 1997, a mais de dois quilômetros abaixo do leito marinho no Mar do Norte, detém o recorde de fóssil de dinossauro mais profundo já localizado. O achado foi identificado em um núcleo de perfuração do campo de Snorre, na porção norte da Bacia Norueguesa, segundo estudo publicado em 2006.
Como era o fóssil de dinossauro e a qual profundidade ele estava?
O fragmento foi encontrado a 2.256 metros abaixo do fundo do mar – ou 2.615 metros abaixo do nível do mar;
Análises concluíram que se tratava de um osso longo de um prossaurópode, com histologia semelhante à do dinossauro Plateossauro, comum no Período Triássico Superior na Europa. “O osso […] representa um osso longo de prossaurópode” e é atribuído “com confiança” a esse gênero, afirma o artigo;
O Plateossauro era um antepassado dos grandes herbívoros de pescoço comprido, mas se locomovia sobre duas patas, com braços fortes e mãos ágeis. Podia atingir dez metros de altura e pesar até quatro toneladas;
Apesar do porte, o fragmento encontrado tinha apenas quatro centímetros de diâmetro.
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O fóssil descoberto no Mar do Norte foi o primeiro registro de Plateossauro na Noruega e, também, o primeiro fóssil de dinossauro identificado no país.
A descoberta só foi possível por uma sucessão de coincidências, como contou Jørn Hurum, paleontólogo do Museu de História Natural da Universidade de Oslo (Noruega), responsável pela identificação: “Realmente foi um golpe de sorte“. Ele comparou o achado a “encontrar uma agulha em dez palheiros“.
Ar respirado pelos dinossauros é recriado em laboratório
Pesquisadores estudaram fósseis para entender como era o ar respirado pelos dinossauros há mais de 150 milhões de anos. O grupo analisou isótopos de oxigênio para estimar os níveis de gás carbônico na atmosfera e compreender melhor o clima pré-histórico, possivelmente marcado por uma atividade vulcânica intensa.
A equipe partiu do fato de que o ambiente deixa marcas químicas nos seres vivos, principalmente nos ossos e dentes. Ao se analisar as variações dos elementos presentes na natureza, conhecidas como isótopos, é possível indicar as mudanças ecológicas e climáticas que ocorreram durante a vida de um organismo.
Esmalte do dente revelou pistas sobre o passado da Terra
O estudo foi publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) neste mês. Nele, os pesquisadores analisam o oxigênio-17, um isótopo raro presente em uma pequena fração das moléculas de dióxido de oxigênio, o gás essencial na respiração dos seres vivos.
Segundo a equipe, os vertebrados incorporam parte desse isótopo em sua reserva de água corporal, e uma pequena fração é utilizada na formação do esmalte dos dentes, onde pode permanecer preservado por milhões de anos, servindo como um valioso registro do ambiente e do clima do passado.
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