Com Pix, empresas economizaram R$ 106,7 bi desde lançamento

Não há dúvidas de que o Pix virou um queridinho dos brasileiros. Não só pela praticidade, mas pelas economias que o sistema gera. E um novo estudo atestou isso com números contabilizados desde o lançamento da ferramenta, em 2020.

De lá para cá, o Pix gerou uma economia de R$ 106,7 bilhões a empresas e consumidores brasileiros, segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo (MBC), organização que reúne empresários e sociedade civil para discutir pautas econômicas.

Entre janeiro e junho deste ano, a economia chega a R$ 18,9 bilhões, superando o valor registrado no mesmo período do ano passado, de 15,3 bilhões. É também quatro vezes maior do que o montante do primeiro semestre de 2021, de R$ 4,9 bilhões. Até 2030, a economia anual pode chegar a R$ 40,1 bilhões.

Até 2030, a economia anual pode chegar a R$ 40,1 bilhões (Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock)

Democratizando o sistema bancário

Antes da implementação do Pix, os meios tradicionais de pagamento — TED, DOC e boletos — apresentavam altos custos para usuários e comerciantes, e eram limitados em termos de horários de funcionamento, diz o estudo.

O mecanismo instantâneo surgiu justamente como uma infraestrutura pública voltada à democratização do sistema de pagamentos, estimulando a competição ao permitir a entrada de novos players, como fintechs e instituições de menor porte.

A ferramenta criada pelo Banco Central garantiu um “sistema com liquidação em tempo real, disponibilidade 24/7, baixo custo, usabilidade simplificada e capacidade de integração com novos modelos de negócio, incluindo APIs e QR Codes”, o que explica a sua popularidade.

Sistema de pagamentos movimenta trilhões de reais em transações mensais (Imagem: Marciobnws/Shutterstock)

Rapidamente, o novo sistema superou em volume as TEDs e DOCs. Atualmente, é o meio de pagamento com o maior número de transações no país: em 2024, foram 63,8 bilhões, um crescimento de 52% em relação ao ano anterior.

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Quem ganha é o país

Na avaliação dos empresários, o Pix também contribuiu para a formalização dos trabalhadores ao reduzir a utilização de papel moeda e exigir, para seu uso, a vinculação a uma conta bancária ou instituição de pagamento. 

Além disso, é uma ferramenta que promove competitividade ao aumentar a eficiência das transações bancárias e contribuir para a redução dos custos operacionais. A taxa do Pix é significativamente inferior ao que se pagava em DOCs e TEDs, reduzindo o que eles chamam de “custo burocrático financeiro”.

Centralização das operações no BC garante isonomia, dizem empresários (Imagem: Rmcarvalho / iStock)

Os autores ponderam, no entanto, que a centralização das operações em um único ente — o Banco Central — pode comprometer a robustez do processo decisório a longo prazo, apesar de também garantir universalização, isonomia, velocidade e integração com outras políticas públicas.

“À luz de sua relevância crescente, torna-se cada vez mais necessário promover uma reflexão estruturada sobre o aprimoramento de seu modelo de governança, com vistas a assegurar sua sustentabilidade, resiliência e alinhamento com as melhores práticas internacionais”, escrevem.

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