Pesquisadores da Universidade Nacional de Taiwan (NTU) e da Universidade Nacional Yang Ming Chiao Tung identificaram um novo composto com propriedades medicinais. O fungo Taiwanofungus camphoratus pode ajudar no combate ao câncer.
Segundo a equipe, ele é capaz de bloquear os sinais de inflamação nas células cancerígenas. O problema é que esta espécie é encontrada apenas entre as florestas montanhosas de Taiwan, mais especificamente em uma árvore ameaçada de extinção (Cinnamomum kanehirae).
Fungo é usado para fins medicinais há séculos
O fungo já é utilizado na medicina indígena e tradicional chinesa contra problemas hepáticos, fadiga e até envenenamento.
No entanto, a dificuldade de encontrar o composto na natureza impedia maiores estudos científicos sobre as suas capacidades terapêuticas.
No novo estudo, os pesquisadores cultivaram o Taiwanofungus camphoratus em um ambiente rico em sulfato de amônio para estimulá-lo a produzir moléculas de polissacarídeo sulfatado (SPS).
Estas são longas cadeias de moléculas de açúcar biologicamente ativas e capazes de interagir com proteínas na superfície das células, influenciando as respostas imunes do nosso organismo.
As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Carbohydrate Polymers.
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Composto pode auxiliar até na eliminação das células
Os pesquisadores descobriram que o fungo pode suprimir a inflamação através de ação sobre citocinas e enzimas responsáveis pelas respostas inflamatórias. Isso poderia proteger os tecidos de danos resultantes de doenças crônicas.
Os testes ainda identificaram que o composto é particularmente eficaz na interrupção da proliferação de células cancerígenas no pulmão. Além de bloquear o desenvolvimento do câncer, ele ainda foi capaz de desencadear um processo chamado de apoptose, também conhecido como morte celular programada.
Segundo os cientistas, essa dupla ação pode ajudar no desenvolvimento de novas terapias anticâncer. Embora sejam necessários maiores estudos, as conclusões são consideradas promissoras na luta contra o câncer.
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