A vitamina D atua como um hormônio no organismo humano, sendo essencial para o sistema imunológico, cardiorrespiratório, neurológico e principalmente musculoesquelético. Ela é produzida através da exposição solar e também pode ser obtida por meio da alimentação e suplementação.
O problema é que, com o passar dos anos, ocorre uma redução da quantidade de vitamina circulando no sangue. Agora, um novo estudo revelou que essa deficiência pode causar problemas de mobilidade na velhice.
Maior lentidão na caminhada
O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em parceria com a University College London, no Reino Unido.
Segundo a pesquisa, idosos com deficiência de vitamina D apresentam maior risco de lentidão na caminhada.
Essa condição é verificada quando a velocidade de marcha é menor do que 0,8 metro por segundo.
Dessa forma, esse é um importante indicador de mobilidade, estando associado à perda de independência, além do maior risco de quedas, hospitalização e até morte.
As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Diabetes, Obesity and Metabolism.
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Falta de vitamina D é um indicador de problemas
Durante o estudo, foram analisadas 2.815 pessoas com 60 anos ou mais. Nenhum participante apresentava problemas relacionados à velocidade de marcha no início da pesquisa, que durou um total de seis anos.
Os níveis de vitamina D no sangue foram avaliados no início e ao fim do trabalho. Isso possibilitou correlacionar a redução da velocidade da marcha em função da condição de suficiência, insuficiência ou de deficiência do hormônio.
Os dados mostraram um aumento de 22% dos casos de lentidão nos participantes que tinham deficiência de vitamina D (menos de 30 nmol/L). Para os pesquisadores, esses resultados comprovam a importância do hormônio. As informações são da Agência FAPESP.
Como a lentidão da caminhada está associada ao maior risco de dependência funcional e desfechos adversos, o monitoramento dos níveis de vitamina D, principalmente em pessoas idosas, também deve ser priorizado nos diversos contextos clínicos e serviços de saúde.
Tiago da Silva Alexandre, professor da UFSCar e autor do estudo
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