Além de ser a única estrela do Sistema Solar, o sol, por meio da energia e calor que emite, é o principal disparador de vida na Terra, sendo responsável pelo desenvolvimento de plantas e animais. Agora, os pesquisadores desejam saber qual é a influência solar no cérebro humano.
Já são conhecidos alguns dos efeitos positivos da exposição regular ao sol: o contato direto com a luz e calor é capaz de elevar os níveis de serotonina, neurotransmissor responsável pela melhora do humor e regulação do sono. Não à toa, muitas pessoas se sentem mais dispostas em dias ensolarados do que nublados.
Níveis mais altos de serotonina, causados pela influência solar no cérebro, estão diretamente ligados à redução nos sintomas de transtornos mentais como ansiedade e depressão.
Além disso, o contato regular com a natureza promove a sensação de conexão e tranquilidade — fatores importantes para a saúde mental.
Qual é a influência solar para o cérebro humano?
É de conhecimento comum que a exposição solar aumenta os níveis de vitamina D. Mas pesquisadores foram a fundo nesta questão em busca de investigar qual é a relação da influência solar no cérebro humano e sua suposta correlação contra o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas (como o Alzheimer).
Os pesquisadores publicaram um artigo na Alzheimer and Dementia: The journal of the Alzheimer’s Association, revista científica da Universidade Rush, nos Estados Unidos, e examinaram amostras de tecidos cerebrais de 290 idosos.
Foram medidas as concentrações de vitamina D em quatro regiões do cérebro: córtex temporal médio, córtex frontal médio, cerebelo e substância branca da bacia hidrográfica anterior.
Os participantes não apresentaram nenhum sinal de demência no início do estudo. E foram acompanhados anualmente por meio de exames de cognição que incluíam 19 testes que avaliaram quesitos como memória episódica e semântica, e velocidade e orientação perceptual.
Com isso, os autores queriam avaliar a trajetória individual de cada participante quanto ao seu possível declínio cognitivo com o passar do tempo.
Além disso, para o estudo também era importante avaliar as condições cerebrais além da vida, por isso foi acordado um termo de consentimento para doação de órgãos após a morte dos participantes.
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E eles descobriram que concentrações mais elevadas de vitamina D no cérebro foram associadas a uma probabilidade de 25% a 33% menor de desenvolver demência ou um comprometimento cognitivo leve.
Segundo o Hospital Osvaldo Cruz, a exposição solar diária de apenas 15 minutos já traz melhora significativa para a saúde. Outra forma de obtenção de vitamina D, uma vez que ela não é produzida pelo organismo, é por meio de suplementação e também da alimentação.
O consumo de peixes como sardinha, salmão e atum, bife de fígado, gemas de ovos, iogurtes e cogumelos são essenciais para quem busca elevar a vitamina D no organismo.
Estudos como esse, que buscam identificar a influência solar no cérebro, também querem descobrir outros padrões de comportamento e práticas que podem ajudar na saúde cerebral, já que essa é uma preocupação crescente no meio médico.
Para se ter uma ideia, a prevalência global de demência deverá ultrapassar os 150 milhões de casos em 2050 — um aumento seis vezes maior em relação a 2019.
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