A SpaceX, empresa de Elon Musk, prepara para esta segunda-feira, 25, o 10º voo de teste da Starship, o maior foguete do mundo, com 122 metros de altura. A decolagem está marcada para 20h30, no horário de Brasília, em Boca Chica, no sul do Texas (EUA).
O teste deveria ocorrer na noite deste domingo, 24, mas houve um adiamento. A empresa informou que precisava “dar tempo de solucionar um problema com os sistemas terrestres”.
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A transmissão ao vivo ocorrerá no aplicativo da SpaceX e na sua conta oficial do X. Canais especializados em exploração espacial também farão transmissões paralelas, com comentários técnicos. A empresa alerta que o cronograma é dinâmico e pode mudar.
SpaceX: histórico de falhas aumenta expectativa para novo teste
Se surgirem novos problemas climáticos ou técnicos, a SpaceX tem esta terça-feira, 26, como data reserva. Autoridades locais interditaram estradas e praias próximas para evitar acidentes, já que os testes registram explosões e falhas.
O Starship Flight 10 ocorre depois de três fracassos neste ano, além da explosão de um veículo em solo em junho. Mesmo com os contratempos, a SpaceX insiste em aperfeiçoar o foguete. O plano de Musk é usá-lo em missões para a Lua e em futuras viagens tripuladas a Marte.
A Nasa escolheu a Starship para a missão Artemis 3, prevista para chegar à Lua até 2027. Para cumprir a tarefa, a empresa precisa provar que o veículo é reutilizável e capaz de realizar manobras complexas, como reabastecimento em órbita e pousos controlados.
Apesar dos avanços, especialistas lembram que a Starship ainda não completou um voo sem falhas. Cada teste, no entanto, gera dados que a empresa considera fundamentais para a meta de Musk: enviar humanos a Marte nas próximas décadas.
Nas missões 7, 8 e 9, a SpaceX perdeu contato com a nave poucos minutos depois do lançamento. Dois exemplares explodiram e os destroços impactaram voos comerciais no Caribe, atingindo o espaço aéreo do Haiti e das Bahamas.
O que esperar do voo desta segunda-feira
No voo desta segunda-feira, o propulsor Super Heavy tentará uma reentrada extrema no Golfo do México, em vez de pousar em terra. O objetivo é testar os motores em condições de estresse e coletar dados para aumentar a confiabilidade do sistema.
A nave também levará oito simuladores de satélites Starlink. Eles devem ser liberados 18 minutos depois da decolagem, em um novo sistema de ejeção apelidado de “Pez dispenser”. Nos testes anteriores, falhas impediram a liberação da carga.
A missão ainda prevê o reacendimento de um motor Raptor em órbita, 38 minutos depois da decolagem. O procedimento intensificaria a propulsão para viagens longas, mas aumenta o risco de explosão.
Outros testes envolvem placas de proteção térmica e revestimentos metálicos, que serão avaliados durante a reentrada. A intenção é medir o desempenho de diferentes materiais em voos de longa duração.
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