O avanço da inteligência artificial de ponta mostra sinais de desaceleração. Depois da explosão de entusiasmo iniciada com o lançamento do ChatGPT, em 2022, empresas como OpenAI e Meta enfrentam dificuldades para entregar grandes saltos em seus modelos mais recentes.
O aguardado GPT-5 não correspondeu às expectativas, e a Meta adiou o lançamento do Llama 4. Sam Altman, CEO da OpenAI, já reconhece que investidores podem estar “superexcitados” com a tecnologia.
Apesar disso, o Wall Street Journal mostra que, segundo especialistas, essa pausa pode ser positiva: a IA generativa já é suficientemente útil em tarefas práticas, como resumir textos ou apoiar funcionários em rotinas de escritório.
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Adoção corporativa ainda engatinha
Estudos indicam que a maioria das empresas usa apenas recursos básicos de IA e falha em 95% dos projetos-piloto que tentam desenvolver soluções personalizadas.
Executivos citam riscos de segurança, alucinações nos modelos e falta de alinhamento com processos reais.
Para Michael Chui, pesquisador da McKinsey, a transformação exigida pela IA é “tão gerencial quanto técnica” e pode levar décadas, assim como ocorreu com a internet.
O desafio atual é adaptar os modelos existentes às tarefas do dia a dia, o que ainda está em estágio inicial.
Impacto nos mercados e no futuro da tecnologia
A percepção de que a IA está avançando mais devagar afetou as ações de gigantes como Nvidia, Microsoft e Meta. Ainda assim, o setor segue atraindo investimentos bilionários, principalmente em chips e infraestrutura, considerados vitais para superar as limitações atuais.
No longo prazo, analistas apostam que os maiores vencedores não serão apenas as Big Techs, mas também empresas que conseguirem integrar a IA às suas operações. O “dia da recompensa”, no entanto, pode demorar mais do que muitos esperavam.
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