Cientistas usam sombra da Terra para procurar por vida alienígena

A busca por vida extraterrestre tem sido feita há décadas por astrônomos com o uso de radiotelescópios e instrumentos ópticos. Agora, um grupo de cientistas resolveu adotar uma técnica diferente — e mais simples — para vasculhar o céu em busca de artefatos alienígenas: usar a sombra da Terra.

O objetivo da nova abordagem é reduzir a interferência dos milhares de satélites ativos e milhões de pedaços de detritos que refletem luz e confundem as observações. A sombra terrestre, por outro lado, atua como um filtro natural.

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A equipe de pesquisa é composta por cientistas da Suécia, Espanha e Estados Unidos e já conseguiu alguns avanços. Os primeiros achados foram publicados este mês na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Em busca de luz alienígena

Como satélites feitos por humanos geralmente não emitem luz visível própria, qualquer flash de luz ou faixa brilhante dentro em uma área escura poderia indicar a presença de vida não humana.

Por isso, os cientistas usaram uma região sombreada em forma de cone, onde a luz solar não ilumina satélites e lixos espaciais, criando uma zona perfeita de 35,7 mil km para detectar a presença de algum objeto incomum.

“A sombra da Terra apresenta um novo e estimulante domínio para a busca de inteligência extraterrestre (SETI, na tradução em inglês) próximo à Terra”, escreveram os autores do artigo em comunicado à imprensa.

Além disso, os pesquisadores analisaram mais de 200 mil imagens do observatório astronômico Zwicky Transient Facility (ZTF), nos Estados Unidos. No ZTF, são observados objetos em movimento no céu.

Vários objetos foram detectados com o auxílio do sistema automatizado NEOrion. Porém, a maioria deles foi identificada como meteoros, aeronaves ou asteroides já catalogados.

No entanto, um deles chamou a atenção. Um objeto não conhecido foi detectado movimentando-se mais rapidamente que asteroides típicos e sem nenhum registro em bancos de dados espaciais. Ainda não foi possível confirmar a origem dele e o mistério continua.

Próximos passos

Os pesquisadores também buscam explorar novas abordagens, como a análise de imagens astronômicas anteriores a 1957 e a investigação dos espectros de cores de objetos suspeitos para a identificação de materiais desgastados pelo tempo no espaço.

Também está em desenvolvimento o projeto ExoProbe. O objetivo do programa é montar uma rede internacional de telescópios para permitir observações simultâneas, ajudando a calcular distâncias exatas e confirmar a origem de objetos misteriosos com mais precisão.

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