Após críticas de Trump, União Europeia diz que é soberana para regular big techs

O clima entre Estados Unidos e União Europeia voltou a esquentar. No centro do impasse está a Lei de Mercados Digitais da UE, que busca restringir o poder das chamadas big techs, e a Lei de Serviços Digitais, que exige que as plataformas combatam conteúdos ilegais e prejudiciais.

Nesta semana, o presidente Donald Trump prometeu aplicar novas tarifas para quem ‘ameaça’ os interesses das empresas de tecnologia norte-americanas. A Comissão Europeia reagiu e disse que as nações que fazem parte do bloco são soberanas.

Trump voltou a elevar o tom contra os europeus (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Trump exigiu retirada de ações contra empresas dos EUA

Em publicação na plataforma Truth Social, o presidente dos Estados Unidos disse que “impostos, legislação e regulamentações de mercados digitais são todos projetados para prejudicar ou discriminar a tecnologia dos EUA”.

Segundo o líder da Casa Branca, os países que não removerem o que chamou de “ações discriminatórias” serão impactados por “tarifas adicionais substanciais às exportações”.

Ele, no entanto, não citou de quanto podem ser estas novas taxas.

O republicano ainda afirmou que “os Estados Unidos e as empresas de tecnologia norte-americanas não são mais o ‘cofrinho’ nem o ‘capacho’ do mundo”.

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União Europeia nega acusações de censura

Em resposta, a Comissão Europeia rejeitou as alegações do presidente dos EUA. Segundo o órgão, as regras estão sendo aplicadas a todas as plataformas e empresas que operam no território europeu, não sendo exclusivas para as companhias norte-americanas.

As autoridades europeias ainda destacaram que as últimas três decisões da Lei de Serviços Digitais foram contra AliExpress, Temu e TikTok, todas de propriedade chinesa. A Comissão, no entanto, também deu início a investigações sobre o X e a Meta.

Big techs estão no centro do impasse entre as potências (Imagem: Ahyan Stock Studios/Shutterstock)

Por fim, o órgão lembrou que as normas em vigor não configuram censura. Pelo contrário, elas criam políticas mais claras e efetivas de combate a conteúdos considerados prejudiciais, colocando as próprias empresas como parceiras neste trabalho. As informações são da Reuters.

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