Brasil tem menor criação de vagas formais de emprego para julho em 5 anos

O Brasil abriu 129,7 mil vagas formais de emprego em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O saldo é o menor para o mês desde 2020, e ficou abaixo da previsão de 135,5 mil postos feita por economistas consultados pela agência Reuters.

Os dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira, 27. O desempenho superou apenas o registrado em março deste ano, com 79,5 mil vagas. Para o mês de julho, foi o mais fraco desde 2020, quando o saldo positivo foi de 108,4 mil postos, no início da pandemia.

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O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, culpou o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelos números abaixo da expectativa.

“O tarifaço é um problema, mas a política de juros também é um problema”, disse Marinho durante coletiva de imprensa de apresentação dos números. “Precisamos da redução de juros urgentemente, para atividade econômica se manter. O tarifaço é uma questão a ser enfrentada, e está sendo enfrentada, mas o problema dos juros também precisa ser enfrentado.”

Emprego: acumulado do ano também perde força

Em julho de 2024, porém, houve a criação de 191,3 mil vagas. Já no acumulado de 2025, o saldo é de 1,3 milhões postos, o menor desde 2023, que registrou 1,1 milhão.

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Apesar disso, todos os cinco grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivo no mês. O setor de serviços liderou, com 50,1 mil vagas, seguido pelo comércio, com 27,3 mil. O setor agropecuário, por sua vez, ficou em último, com 8,7 mil vagas, atrás da indústria e da construção.

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