A ByteDance não para de crescer. E tem planos para se isolar de vez como a maior empresa de mídia social do mundo em receita. A dona do TikTok pretende lançar uma nova recompra de ações que avaliará a gigante chinesa de tecnologia em mais de US$ 330 bilhões (R$ 1,78 trilhões), segundo a Reuters.
O programa de recompra vai oferecer US$ 200,41 (R$ 1.085) por ação, um aumento de 5,5% em relação aos US$ 189,90 (R$ 1.028) oferecidos há seis meses, quando a companhia foi avaliada em US$ 315 bilhões (R$ 1,70 trilhões).
O crescimento da ByteDance tem sido exponencial: a receita subiu para mais de US$ 43 bilhões (R$ 233,02 bilhões) no primeiro trimestre deste ano, superando a Meta, dona do Facebook e do Instagram, que bateu US$ 42,3 bilhões (R$ 229,22 bilhões) no mesmo período. O resultado é reflexo da alta demanda por publicidade, de acordo com a reportagem.
Saúde financeira da dona do TikTok
A ByteDance tem promovido recompras semestrais, o que, geralmente, valoriza o preço das ações e garante liquidez aos funcionários. E, no caso da companhia chinesa, indica margem financeira saudável, já que a empresa usa o próprio balanço patrimonial no programa — diferentemente de SpaceX e OpenAI, por exemplo, que recorrem a investidores externos.
O conglomerado de mídia também tem se destacado por projetos envolvendo inteligência artificial (IA) na China. Nos últimos meses, a ByteDance investiu bilhões de dólares com chips da Nvidia e no desenvolvimento de modelos próprios, além de infraestrutura de IA.
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Vai vender?
Apesar dos números expressivos, riscos regulatórios nos Estados Unidos ainda impactam negativamente na avaliação da ByteDance, que permanece inferior a um quinto da capitalização de mercado de aproximadamente US$ 1,9 trilhão (R$ 10,29 trilhões) da Meta, diz a Reuters;
Em Washington, a empresa tem sido pressionada a vender seus ativos por causa de preocupações com segurança nacional desde o fim da gestão Joe Biden. Mas o presidente Donald Trump concedeu diversas prorrogações — e deve fazê-lo novamente;
Com base na decisão mais recente da Casa Branca, a empresa tem até 17 de setembro para alienar seus ativos (“infiltrando” estadunidenses no alto comando). Trump chegou a afirmar que havia compradores interessados, mas nada se concretizou até agora;
Há expectativa de que o acordo seja fechado por meio de uma joint venture formada por um consórcio de investidores estadunidenses e a ByteDance, que manterá uma participação minoritária, de acordo com a Reuters.
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