A Nvidia revelou que dois clientes concentraram 39% de sua receita no trimestre encerrado em julho, levantando preocupações sobre a dependência da fabricante de chips em poucos compradores.
Segundo relatório enviado à SEC, o “Cliente A” respondeu por 23% da receita total e o “Cliente B” por 16%, acima dos 14% e 11% registrados no mesmo período de 2023.
Clientes misteriosos podem ser da computação em nuvem
A empresa não revelou quem são esses clientes, mas analistas apontam que podem estar ligados ao mercado de computação em nuvem.
A CFO da Nvidia, Colette Kress, afirmou que grandes provedores de serviços de nuvem responderam por cerca de 50% da receita de data centers, área que representou 88% do faturamento total no trimestre.
Ainda assim, a Nvidia ressalta que “essa tendência pode continuar” e que clientes diretos — fabricantes de equipamentos, integradores de sistemas e distribuidores — compram chips que depois chegam a empresas de nuvem, governos e companhias de tecnologia.
O mistério se amplia porque a companhia também citou uma “empresa de P&D em IA” que teria gerado receita significativa, além de governos estrangeiros e “neoclouds”, players focados em inteligência artificial.
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Nvidia segue se valorizando
Apesar da concentração, a demanda segue robusta. Jensen Huang, CEO da Nvidia, afirmou que a infraestrutura de IA pode alcançar entre US$ 3 e 4 trilhões até o fim da década, representando até 70% do custo total de um data center de IA.
Ele destacou ainda que o investimento dos quatro maiores hiperescaladores dobrou em dois anos, reforçando o ritmo acelerado da corrida pela inteligência artificial.
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