“Lua de Sangue”: saiba o que é o fenômeno que ocorre durante o eclipse

Você já deve ter lido aqui no Olhar Digital sobre a “Lua de Morango”, a “Lua Azul”, a “Lua Negra” e outras designações que o satélite natural da Terra recebe de acordo com cada situação. E, no fim de semana, durante o eclipse lunar, acontece mais um desses fenômenos que apelidam a nossa companheira: a “Lua de Sangue”.

Na noite entre domingo (7) e segunda-feira (8), dependendo do fuso horário, haverá um eclipse lunar total visível para grande parte do planeta – da Oceania ao Brasil. O fenômeno vai durar 3 horas, 29 minutos e 24 segundos, incluindo as fases parcial e total.

Quem estiver na maior parte da Ásia, na faixa oriental da África e no oeste da Austrália poderá acompanhar o eclipse completo, conhecido como “Lua de Sangue”, do início ao fim, incluindo a fase penumbral (quando a Lua começa a escurecer de forma sutil). Já observadores no restante do continente africano, em boa parte da Europa, em outras áreas da Austrália e na costa leste do Brasil verão ao menos um trecho da parcialidade ou da totalidade.

“Lua de Sangue” fotografada em março de 2016 na cordilheira costeira da Califórnia, EUA. Crédito: Bob Wick/Bureau of Land Management California

Sobre os eclipses lunares:

Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;

Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;

Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).

Eclipses lunares só ocorrem na Lua cheia

Cerca de 60% da população mundial poderá acompanhar o fenômeno por inteiro, enquanto até 87% terão a chance de ver pelo menos uma parte dele – desde que o céu esteja limpo. Este será o segundo eclipse lunar de 2025. O primeiro ocorreu em março e foi visível principalmente no continente americano.

Eclipses lunares não acontecem todos os meses porque a órbita da Lua é inclinada em relação à da Terra ao redor do Sol. Para que o fenômeno ocorra, é preciso que o alinhamento aconteça em um ponto chamado “nodo”, quando Sol, Terra e Lua estão perfeitamente posicionados (ou “em sizígia”, como se diz na astronomia).

Eclipse lunar total de 14 de março de 2025, visto de Santa Rosa, Califórnia, EUA. Imagem: Time and Date/reprodução

O eclipse total só acontece quando a Lua está na fase de cheia, passando completamente pela sombra da Terra. Existem também eclipses parciais, nos quais somente parte dela entra na sombra, e os penumbrais, quando ela cruza apenas pela meia-sombra.

O apelido “Lua de Sangue” vem da cor avermelhada que o astro adquire durante o eclipse total. Isso acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, é filtrada e desviada, deixando a sombra da Terra com um tom avermelhado que tinge a superfície lunar.

Para saber exatamente o horário do eclipse em sua cidade, você pode consultar o site TimeandDate.com, que fornece previsões detalhadas para cada localidade.

Nesta imagem composta do eclipse lunar total de 8 de novembro de 2022 mostra a Lua em vários estágios ao longo de todo o evento. Créditos: Andrew McCarthy

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Último eclipse de 2025 será solar

A “Lua de Sangue” do mês que vem é o terceiro dos quatro eclipses de 2025. O próximo será solar e ocorrerá ainda em setembro, dia 21, mas sem visibilidade no Brasil. O eclipse será parcial e poderá ser visto apenas no sul da Austrália, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.

Sobre os eclipses solares:

Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar;

Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total;

Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o híbrido (como o que aconteceu em abril de 2023).

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