Os Estados Unidos e a China estão em frentes distintas na disputa pela inteligência artificial.
No Vale do Silício, empresas como Google, Meta e OpenAI investem bilhões de dólares e enormes quantidades de energia em busca da chamada inteligência artificial geral — máquinas capazes de igualar ou até superar o raciocínio humano.
Defensores dizem que, se alcançada, essa tecnologia poderia transformar desde a ciência até a guerra, comparável em impacto à invenção da bomba atômica.
China quer aplicações mais práticas para a IA
Já a China aposta em uma rota mais pragmática.
Em vez de priorizar a “superinteligência”, o governo de Xi Jinping pressiona o setor a desenvolver aplicações práticas, acessíveis e imediatamente úteis, desde correção de exames e previsões meteorológicas até hospitais apoiados por IA e fábricas automatizadas.
Pequim tem injetado bilhões em fundos estatais, apoiado startups e incentivado modelos de código aberto, enquanto cidades lançam programas locais sob a campanha “IA+”.
As restrições dos EUA ao fornecimento de semicondutores de ponta também obrigaram a China a buscar alternativas mais viáveis.
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Quem toma a dianteira?
Para analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, essa abordagem pode se mostrar estratégica: se a inteligência artificial avançada demorar décadas para se materializar, a China poderá sair na frente explorando plenamente o potencial da tecnologia atual.
“O governo chinês vê a IA como algo a ser aproveitado aqui e agora, não como um sonho distante”, disse Julian Gewirtz, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Enquanto isso, nos EUA, o entusiasmo em torno da IA geral começa a dar sinais de cansaço, após lançamentos decepcionantes e alertas sobre bolha de investimento. O duelo entre ambição futurista e pragmatismo imediato pode definir quem liderará a tecnologia mais estratégica do século XXI.
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