Durante o evento desta terça-feira (9), a Apple apresentou diversas novidades, incluindo iPhone 17, iPhone Air, AirPods Pro 3 e Apple Watch SE 3. Apesar do foco principal ter sido em hardware e melhorias de performance, a inteligência artificial (IA) também esteve presente, principalmente nos bastidores, impulsionando funcionalidades dos dispositivos.

A Apple enfatizou mais a IA por trás dos recursos do que ferramentas diretamente voltadas para o consumidor, diferentemente do que ocorreu no lançamento do iPhone 16 ou na WWDC 2025. O CEO Tim Cook mencionou que o iPhone dá “o maior salto de todos os tempos”, mas as aplicações visíveis de IA se restringiram a alguns recursos-chave, como tradução em tempo real, monitoramento de saúde e enquadramento de câmera.

IA no iPhone 17, inclusive 17 Air

Nos novos iPhones, a câmera frontal conta com o recurso Center Stage, que utiliza IA para ajustar automaticamente o enquadramento em fotos e vídeos, mantendo o usuário centralizado ou ampliando o campo de visão para incluir mais pessoas em fotos de grupo. A tecnologia também alterna dinamicamente entre modos retrato e paisagem, oferecendo maior fluidez em gravações e chamadas de vídeo.

O Center Stage permite fotos com resolução de até 18 MP e gravação em 4K HDR estabilizado, enquanto a IA integrada ajusta o enquadramento para que todos os participantes estejam sempre visíveis. Em videochamadas, o recurso garante que o usuário permaneça centralizado, sem a necessidade de ajustes manuais.

Além disso, os dispositivos chegam com o iOS 26, que conta com novos recursos de IA.

AirPods Pro 3: IA aplicada em saúde e tradução

Nos AirPods Pro 3, a IA aparece em duas frentes: Live Translation e rastreamento de atividade física. O modelo de IA no dispositivo, combinado com o Apple Intelligence no iPhone, processa dados de mais de 50 tipos de treino, permitindo medir frequência cardíaca, calorias queimadas e fechar os anéis de atividade usando informações de mais de 50 milhões de horas de treino coletadas em estudos com 250 mil participantes.

O recurso de Live Translation traduz conversas em tempo real em inglês, francês, alemão, português e espanhol, com mais idiomas previstos para o fim do ano, permitindo comunicação presencial sem barreiras linguísticas.

Apple Watch SE, Ultra 3 e Series 11 trazem novidades de IA

A Apple anunciou a linha de Apple Watches 2025, incluindo Apple Watch SE 3, Ultra 3 e Series 11, todos com recursos voltados para saúde, fitness e conectividade. Além das melhorias de hardware, a empresa reforçou o uso de Apple Intelligence, sua plataforma de IA, para aprimorar a experiência do usuário nos três modelos.

O Apple Watch SE 3 mantém o foco em saúde e atividade física, oferecendo notificações de hipertensão, monitoramento de sono e uma experiência de treino inteligente. Com Workout Buddy, os usuários recebem motivação personalizada durante os exercícios, baseada em dados como frequência cardíaca, distância percorrida e metas de fitness, utilizando algoritmos de machine learning da Apple. O SE 3 também analisa padrões cardíacos e fornece insights sobre o sono, tornando o dispositivo uma ferramenta de monitoramento de saúde acessível e inteligente.

Já o Ultra 3 também integra Workout Buddy, notificações de hipertensão e sleep score, todos usando Apple Intelligence para oferecer informações personalizadas de treino e saúde. O modelo fornece métricas avançadas para corredores, ciclistas, nadadores, mergulhadores e golfistas, combinadas com apps de terceiros como Strava, Nike Run Club e Oceanic+, integrados à análise inteligente do dispositivo.

Por fim, o Series 11 também possui Workout Buddy, notificações de hipertensão e sleep score, além de recursos inteligentes para mensagens, como tradução automática e sugestões contextuais com base em Apple Intelligence, oferecendo uma experiência personalizada de saúde, fitness e comunicação.

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IA nos bastidores: processamento local e desempenho

A Apple enfatizou que a IA está mais presente nos bastidores dos dispositivos. O novo Neural Engine e os aceleradores neurais integrados em cada núcleo de GPU permitem realizar tarefas complexas de IA localmente, como suporte a jogos com maior taxa de quadros, processamento de fotos e vídeos, e execução de modelos de tradução e fitness em tempo real, sem depender de servidores externos.

A abordagem da Apple difere da de concorrentes como Google e Samsung, e até de sua própria estratégia no lançamento do iPhone 16. Agora, a empresa foca na IA como suporte às funcionalidades e não como ferramenta central de interação com o usuário.

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