A indústria da aviação é um dos grandes exemplos do Brasil que funciona. Graças à Embraer, o país se tornou referência mundial nesse mercado. A expertise nacional atraiu o Edge Group, conglomerado controlado pelos Emirados Árabes Unidos no setor bélico. O plano? Produzir armas aéreas em solo brasileiro para servirem nos céus mundo afora.
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No começo de setembro, a Siatt inaugurou uma nova fábrica em São José dos Campos. A cidade é a mesma onde nasceu a Embraer, lar de sua sede até hoje.
A Siatt é especializada no desenvolvimento e na integração de sistemas de defesa e segurança, incluindo mísseis, armamentos e soluções avançadas de tecnologia embarcada. Embora a origem da empresa seja brasileira, os árabes são donos da metade das ações desde 2023.
Árabes miram uma ‘mina de ouro’
O dinheiro do petróleo deve financiar a contratação de talentos brasileiros para que o Edge decole como um novo fornecedor global de armas aéreas. O CEO do grupo árabe, Hamad Al Marar, não esconde a admiração pela mão de obra nacional.
Segundo o executivo, o país tem “um enorme potencial” para o desenvolvimento de software e de inteligência artificial. “Encontramos recursos tremendos no domínio da engenharia aeroespacial no Brasil, e mal posso esperar para ver outra história de sucesso e replicar a Embraer novamente em uma escala maior”, disse.
“O Brasil é uma mina de ouro de talentos”, afirmou o executivo em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. “Sempre teve e terá grande capacidade de engenharia. Buscamos uma base industrial para produzir e exportar para além das fronteiras do Brasil, que será um hub.”
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