Após as polêmicas envolvendo Elon Musk e Donald Trump, inclusive com a retirada do nome de Jared Isaacman para chefiar a NASA, Sean Duffy assumiu o cargo de chefe da agência espacial. Atual secretário dos Transportes da Casa Branca, ele foi nomeado como responsável interino pelo órgão.
A verdade é que a nova gestão ainda não deixou marcas importantes. Ao mesmo tempo, ela tem um desafio e tanto pela frente: impedir que os EUA percam o protagonista espacial e a corrida de volta à Lua para a China.
China está avançando rapidamente
Sean Duffy se dirigiu aos funcionários da NASA nos últimos dias.
A declaração aconteceu apenas um dia depois que uma audiência do Comitê de Comércio do Senado sugeriu que a China pode pousar astronautas no polo sul da Lua antes dos EUA.
Durante o encontro, várias pessoas, incluindo o ex-administrador da NASA Jim Bridenstine, chamaram a atenção para as capacidades espaciais chinesas.
A ideia central do debate é que Pequim pode, em breve, superar os Estados Unidos na corrida espacial.
Em resposta, Duffy garantiu que os norte-americanos irão derrotar os rivais.
Ele ainda prometeu que a NASA irá levar astronautas para a Lua com segurança e que irá fazer isso de forma rápida, embora não tenha dado nenhum prazo.
As informações são do portal Space.com.
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Há dúvidas se a NASA conseguirá cumprir o cronograma anunciado
Apesar das declarações do chefe interino da NASA, especialistas destacam os desafios enfrentados pela agência espacial norte-americana. Recentemente, o governo Trump enviou uma proposta para reduzir o orçamento do órgão para o ano que vem. Além disso, os cortes já causaram a demissão de quase 4 mil funcionários.
Sean Duffy garantiu que há dinheiro e profissionais suficientes para levar adiante o programa Artemis, que visa levar astronautas de volta à Lua após mais de 50 anos. Ele ainda garantiu que pode pedir mais recursos para concluir a missão caso seja necessário.
A expectativa é que missão destinada a pousar no polo sul lunar seja lançada em 2027, mas não está claro se a NASA conseguirá cumprir o cronograma. Por outro lado, os chineses tem avançado em seus preparativos, o que causa o temor de que os EUA percam essa corrida.
Se eles chegarem primeiro, veremos um realinhamento global que afetará nossa economia, nossa base tributária, nossa capacidade de inovar e nossa segurança nacional em termos de diplomacia e geopolítica que afetará a segurança e muitos outros aspectos de nossas vidas diárias.
Mike Gold, ex-administrador associado interino do Escritório de Relações Internacionais e Interagências da NASA
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