Criança morre por complicação rara do sarampo anos após ser infectada

Uma criança morreu nos Estados Unidos em consequência de uma complicação rara do sarampo, anos após ter sido infectada pelo vírus. O caso foi confirmado pelo Departamento de Saúde Pública do condado de Los Angeles, que reforçou a importância da vacinação para evitar situações semelhantes.

Segundo as autoridades, a criança foi infectada pelo vírus quando era bebê, antes de ser elegível para receber a primeira dose da vacina. Anos depois, já em idade escolar, ela desenvolveu panencefalite esclerosante subaguda (SSPE), condição neurológica rara, progressiva e fatal que surge anos depois da infecção.

A doença destrói gradualmente o tecido cerebral, levando a convulsões, perda de funções cognitivas e, inevitavelmente, à morte. Não há tratamento curativo disponível.

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O sarampo é uma doença infecciosa altamente contagiosa. O vírus é transmitido pelo ar, por meio de gotículas expelidas ao tossir, espirrar ou falar, e pode permanecer ativo em ambientes fechados por até duas horas. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), um indivíduo infectado é capaz de transmitir o vírus para até 90% das pessoas suscetíveis ao seu redor.

Sintomas do sarampo

Embora muitas crianças se recuperem da fase aguda da doença, o vírus pode deixar consequências graves.
O sampo pode causar febre, tosse, coriza e manchas avermelhadas na pele.
A doença também está associado a complicações como pneumonia, otite, diarreia grave e inflamações cerebrais.
O vírus enfraquece o sistema imunológico por meses após a infecção, deixando a pessoa mais vulnerável a outras doenças.

Casos de sarampo nos EUA

Os Estados Unidos registraram 1.454 casos confirmados de sarampo até 9 de setembro de 2025, o maior número desde 2000, quando a doença havia sido considerada eliminada no país. O aumento é atribuído, em parte, à queda das taxas de vacinação em algumas regiões.

A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continua sendo a forma mais eficaz de prevenção. O esquema recomendado prevê duas doses: a primeira aos 12 meses e a segunda aos 15 meses de idade. Em situações de risco, é possível aplicar uma dose já aos 6 meses, mas ela não substitui as doses previstas no calendário.

Manter altas coberturas vacinais é essencial não apenas para proteger diretamente as crianças imunizadas, mas também para garantir a proteção indireta de bebês que ainda não atingiram a idade mínima para a vacinação e pessoas com condições de saúde que impedem a imunização.

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