Câncer de mama: 7 coisas que você não sabia sobre a doença e o tratamento

O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres no Brasil. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 73 mil novos casos apenas entre 2023 e 2025. Apesar da gravidade, a boa notícia é que quando descoberto em fase inicial, as chances de cura chegam a 98%.

Ainda assim, segundo dados recentes, apenas 23,7% das mulheres realizam a mamografia, número bem abaixo dos 70% recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A mamografia é uma das principais ferramentas de combate ao câncer de mama. É um exame altamente eficaz, capaz de identificar lesões imperceptíveis ao toque, muitas vezes antes de qualquer sintoma. A detecção precoce aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento e oferece uma perspectiva de vida com mais qualidade”, explica a radiologista Vivian Milani, especialista em mama da FIDI (Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem).

7 fatos que toda mulher deve conhecer

1. A mamografia encontra o que o toque não detecta

O exame é capaz de identificar alterações microscópicas, invisíveis ao autoexame, permitindo o diagnóstico antes mesmo de qualquer sintoma.

2. A radiação é mínima

Segundo Vivian, a dose usada é baixa e controlada. “Os benefícios superam qualquer preocupação com a exposição, não representando risco para a saúde”, afirma.

3. Mamografia não previne, mas salva vidas

Embora não impeça o surgimento da doença, possibilita o diagnóstico precoce e tratamentos menos invasivos.

4. É um exame rápido e seguro

Apesar de causar algum desconforto pela compressão da mama, a mamografia é simples, não invasiva e hoje conta com tecnologias avançadas. A mamografia digital garante imagens de alta qualidade e a tomossíntese (mamografia 3D) permite visualizar a mama em diferentes planos.

7 coisas que você não sabia sobre o câncer de mama. Foto: FreePik

5. Mamografia e ultrassom são complementares

O ultrassom é indicado especialmente para mulheres jovens com mamas densas, enquanto a mamografia detecta alterações mínimas. Juntos, oferecem uma visão mais completa da saúde mamária.

6. Estilo de vida importa mais que genética

Apenas 5% a 10% dos casos são hereditários. A maior parte está ligada a fatores modificáveis, como obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool.

7. O início do rastreamento depende da orientação médica

No SUS, a indicação é a cada dois anos, dos 50 aos 69 anos. Já a ANS ampliou a faixa etária para 40 a 74 anos, mediante orientação médica. Instituições como a FIDI sugerem que mulheres acima dos 40 anos façam o exame anualmente.

Um alerta para todas as mulheres

Vivian reforça que a prevenção deve ser contínua. “A saúde da mulher precisa vir em primeiro lugar, por isso é importante realizar os exames diagnósticos com periodicidade, não deixando de consultar um médico especialista uma vez ao ano, assim tanto a detecção da doença, quanto o tratamento poderá ser mais ágil e eficaz”, conclui.

Resumo:

O câncer de mama é o mais comum entre mulheres no Brasil, mas a detecção precoce aumenta em até 98% as chances de cura. Para a radiologista Vivian Milani, a mamografia continua sendo essencial, e quando associada a hábitos saudáveis e acompanhamento médico, se torna uma das maiores aliadas na prevenção e no tratamento eficaz.

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