Chile: 8 comidas e bebidas típicas que você precisa provar

É como os chilenos sempre dizem: “guatita llena, corazón contento”, ou “estômago cheio, coração feliz”. Reunir-se em torno de uma mesa para comer é o principal passatempo deles. Não à toa, há uma enorme variedade de pratos no cardápio, desde as receitas à base de milho, como o pastel de choclo, até as famosas empanadas.

Mas o que os faz lamber os beiços de verdade é o que vem do mar. A cozinha chilena é pródiga em peixes (pescados) e frutos do mar (mariscos). Isso porque o Chile tem um extenso litoral de águas frias, hábitat de muitas criaturas que só existem naquele ponto do Pacífico. 

Uma antiga campanha publicitária já dizia que “Chile se escreve com C de ceviche, centola e caldinho de congrio”. Só a centola, um caranguejo enorme, já valeria a viagem. Veja, a seguir, oito comidas e bebidas que você para experimentar quando estiver no país:

Comidas 

1. Cazuela 

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Trata-se de uma sopa robusta feita com pedaços de carne — geralmente frango ou carne bovina — cozidos lentamente com legumes como batata, milho, abóbora, cenoura e às vezes arroz. O nome “cazuela” vem da panela em que o prato é preparado, e seu preparo varia ligeiramente de região para região, refletindo os ingredientes locais disponíveis. Mais do que uma simples refeição, a cazuela é um símbolo da culinária familiar chilena, frequentemente servida em almoços de domingo, evocando memórias de aconchego e tradição.

2. Ceviche

<span class=”hidden”>–</span>Fabian Gutiérrez Cortés/Wikimedia Commons

O ceviche chileno é uma variação refrescante e saborosa do clássico prato de origem peruana, adaptado ao paladar e aos ingredientes locais do Chile. Geralmente preparado com peixe branco fresco — como a reineta ou a corvina — o ceviche chileno é marinado em suco de lima e grapefruit, que “cozinha” o peixe através de sua acidez. Ao contrário de outras versões mais condimentadas, o ceviche chileno costuma ser mais suave, levando um toque leve de alho e pimenta vermelha.

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3. Caldillo de congrio

O caldillo de congrio é um dos pratos mais emblemáticos da culinária chilena, conhecido tanto por seu sabor marcante quanto por seu valor cultural. Preparado com o congrio, um peixe típico das águas chilenas, o caldillo é um caldo espesso e aromático feito com tomates, cebolas, alho, batatas, cenouras, ervas e especiarias, tudo cozido lentamente para extrair o máximo de sabor. É tradicionalmente servido bem quente, acompanhado de pão. O prato é tão emblemático no país que foi tema de um poema de Neruda, “Ode al caldillo de congrio”, que exalta as qualidades reconfortantes do caldo.

4. Empanadas

<span class=”hidden”>–</span>J B/Wikimedia Commons

São pequenas massas recheadas, que podem variar em ingredientes, mas a versão mais clássica é a empanada de pino. O pino é um recheio suculento à base de carne moída, cebolas, azeitonas, ovos cozidos, passas e especiarias. Podem ser fritas em óleo ou assadas no forno.

5. Humita

<span class=”hidden”>–</span>Marcos Katz/Wikimedia Commons

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A humita é a pamonha dos chilenos. Uma pasta de milho moído e cebolas, enrolada em folhas de milho e cozida no forno ou em água. O resultado é um prato de textura suave e sabor que mistura o adocicado do milho com o salgado do queijo. 

Bebidas

6. Mote com huesillos

<span class=”hidden”>–</span>Nellu Mazilu/Wikimedia Commons

Bebida feita com um ou dois pêssegos naturais desidratados, mais a calda do pêssego e grãos de trigo cozidos, tudo num só copo. Servido bem gelado, com uma colher para comer o trigo.

7. Pisco sour

<span class=”hidden”>–</span>Dtarazona/Wikimedia Commons

Brinde à sua viagem com um pisco sour, que embora também seja tradicional no Peru, é uma das bebidas mais emblemáticas do Chile. Feito com pisco – uma aguardente de uva típica da região –, o pisco sour é preparado com suco de limão, clara de ovo, xarope de açúcar e um toque de amargo de angostura. O resultado é uma bebida refrescante, com um sabor ácido e doce equilibrado, e uma textura suave e cremosa devido à clara de ovo.

8. Vinhos

<span class=”hidden”>–</span>Brett Jordan/Unsplash

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Maior produtor e exportador de vinho da América Latina, o Chile produz vinhos desde o século 16. Por isso, vale a pena reservar um espaço na agenda para visitar ao menos uma vinícola. O país está dividido em cinco grandes regiões vinícolas. Do norte para o sul estão: Atacama, Coquimbo, Aconcagua, Valle Central e Sur. Cada uma se organiza em sub-regiões. As mais populares ficam no centro: os vales do Maipo, Colchagua e Casablanca.

Se não for impossível conhecer uma vinícola, não deixe de saborear algumas garrafas de qualidade (são muitas) durante as refeições. A uva-símbolo do país é a francesa carmenère. No século 19, uma praga arrasou vinhedos da França e a uva foi dada como extinta. Já na década de 1990, no Chile, um enólogo francês chegou ao país para investigar o porquê das diferenças entre as plantações locais da uva merlot. Não entendia como alguns vinhedos teoricamente privilegiados davam vinhos medíocres. Descobriu o mistério: as videiras merlot estavam misturadas às carménère e isso estragava o vinho. Foi assim que a uva francesa ressuscitou a chilena.

O mistério do chá das 11

Há quem diga que os chilenos são os ingleses da América do Sul: discretos e formais. E, para dar uma força à tese, eles também adoram um chá da tarde. É muito comum trocarem o jantar pelo chamado “once” (onze, em português). Onze? Pois é, e não é às 11h da noite e nem da manhã. O “once”, tomado entre 16h e 19h, leva pão, café, chá, geleias, panquecas, tortas… Seu nome estranho tem três explicações. Pode ter sido um apelido dado pelos homens que saíram para tomar umas no fim da tarde e não queriam dar bandeira: contaram o número de letras da palavra aguardiente e… “once”. Ou vindo do lanche da manhã de muitos operários: como a pausa era acompanhada de um trago de aguardente, falavam também no código “once” para disfarçar. Outra teoria é que pode ter sido mesmo herança dos ingleses, que chamam de “elevenses” (onzes) o chá tomado de manhã, às 11h.

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