Uma raridade da aviação, o avião elétrico Alia, da americana Beta Technologies, realizou um voo de 160 km entre Stavanger e Bergen, na Noruega, consumindo apenas bateria, como explica uma matéria da BBC.
O modelo, capaz de transportar até 560 kg, completou a viagem em 55 minutos, reduzindo significativamente o tempo de viagem em comparação com transporte rodoviário.
O Alia pode voar até 400 km com uma única carga e recarregar totalmente em menos de 40 minutos. Além de carga, o modelo pode ser configurado para transporte médico ou de passageiros, com até cinco assentos.
Recentemente, realizou um voo de demonstração transportando passageiros para o aeroporto JFK, em Nova York. A Beta, que tem a Amazon como investidora e a UPS como cliente, espera obter certificação americana ainda este ano.
Desafios da propulsão elétrica
Apesar do avanço, o alcance limitado das baterias continua sendo o principal obstáculo.
As melhores baterias de íons de lítio ainda possuem densidade de energia muito menor que o combustível de aviação, tornando voos de longa distância desafiadores.
Projetos europeus, como o Pipistrel Velis Electro, têm certificação, mas são restritos a treinamento e trajetos curtos.
Até gigantes como a Airbus já recuaram de projetos elétricos devido a essas limitações.
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Caminhos híbridos e futuro da aviação
Para superar restrições, startups como a Heart Aerospace estão desenvolvendo aeronaves híbridas, que combinam baterias com combustível convencional, permitindo voos mais longos e mais passageiros. A Beta também planeja aeronaves híbridas e autônomas para fins civis e de defesa.
Sistemas híbridos oferecem menores emissões, decolagens mais silenciosas e maior flexibilidade operacional, enquanto a tecnologia totalmente elétrica continua sendo a base para avanços ambientais.
Especialistas afirmam que o futuro da aviação exigirá combustíveis sustentáveis, hidrogênio ou soluções híbridas, mas ainda há desafios técnicos e comerciais significativos a serem superados.
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