A Netflix lançou, em outubro de 2025, a terceira temporada de “Monster”, agora intitulada “Monstro: A História de Ed Gein“. O desfecho chamou atenção do público pela mistura de realidade, simbolismo e referências à cultura pop do terror.
Neste artigo, explicamos o final da temporada, analisando o que aconteceu na série, seus possíveis significados e conexões, além do legado que Ed Gein deixou na cultura popular.
Monstro: A História de Ed Gein: Veja o final explicado da série da Netflix
AVISO DE SPOILERS: A partir deste momento, o texto revela detalhes do enredo. Continue por sua conta e risco.
Quem foi Ed Gein?
Edward Theodore Gein, mais conhecido como o “Açougueiro de Plainfield”, ficou famoso não apenas pelos assassinatos de Mary Hogan (1954) e Bernice Worden (1957), mas principalmente por violar túmulos e confeccionar roupas e objetos com restos humanos.
Ao ser preso, Gein foi declarado legalmente insano e passou o restante da vida em instituições psiquiátricas até sua morte, em 1984. Seus crimes, chocantes pela brutalidade e bizarrice, influenciaram diretamente obras icônicas do terror, como “Psicose” (1960), “O Massacre da Serra Elétrica” (1974) e “O Silêncio dos Inocentes” (1991).
É justamente essa conexão entre realidade e ficção que a série da Netflix explora em seu desfecho.
O caminho para o final da série
Ao longo da temporada, a narrativa intercala eventos reais da vida de Gein com inserções ficcionais que dialogam com o impacto cultural de sua história. No desfecho, a série o mostra debilitado por um câncer, internado em um hospital psiquiátrico e mergulhado em delírios que misturam fantasia e realidade.
Entre esses delírios, surge a ideia de que Gein teria ajudado agentes do FBI a capturar Ted Bundy, algo totalmente fictício, mas usado como recurso para contrastar dois perfis de criminosos: Gein, cuja violência teria raízes em traumas familiares e psicológicos, e Bundy, retratado como a face do mau puro, sem justificativas emocionais.
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A aparição dos ícones do terror
Após a morte de Gein, o episódio mostra jovens tentando roubar sua lápide, algo que realmente aconteceu. Na série, eles são impedidos por visões de outros assassinos inspirados nele, reforçando como a sua história se consertou ao imaginário cultural.
Nesse momento surgem Buffalo Bill (“O Silêncio dos Inocentes”), Leatherface (“O Massacre da Serra Elétrica”) e Norman Bates (“Psicose”).
Outro plano marcante mostra Ed Gein erguendo uma serra elétrica e dançando no ar, em clara referência ao final de “O Massacre da Serra Elétrica”, de Tobe Hooper. O recurso reforça a ligação direta entre o personagem real e suas “versões cinematográficas”.
O papel da mãe no desfecho
A figura da mãe de Gein, Augusta, sempre foi central em sua vida real e também na narrativa da série. No final, ele a reencontra em uma espécie de visão ou flashback, em frente à casa da família, enquanto ela costura.
A cena culmina com Augusta dizendo: “Só uma mãe poderia te amar.” Essa frase havia aparecido em outros momentos da série, mas com um tom de desprezo a Ed. Mas nesse último momento, ela ganha nova entonação: não como insulto, mas como expressão de carinho.
Esse momento contrasta com o tom conflitante que os dois tiveram ao longo da história, e fecha a história com essa demonstração da relação turbulenta dos dois.
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