Brasil terá primeira usina da América Latina que transforma lixo em energia

As novas tecnologias e o boom da inteligência artificial aumentaram consideravelmente a necessidade energética global. O problema é que talvez não tenhamos capacidade de suprir essa demanda por energia.

Neste cenário, diversas alternativas têm surgido. Uma delas é a primeira usina Waste-to-Energy da América Latina. O espaço será instalado no Brasil, mais precisamente na cidade de Barueri, na região metropolitana de São Paulo, e deve começar a operar no primeiro trimestre de 2027.

Iniciativa vai transformar lixo em energia (Imagem: kanvag/Shutterstock)

Solução para os problemas gerados pelo lixo

De acordo com informações do UOL, a usina gera energia a partir do calor liberado pela queima controlada do lixo.

Para isso, é utilizado um processo que trata os gases e sobras gerados, diminuindo em 90% a massa de descarte.

A planta da Unidade de Recuperação Energética (URE) em Barueri terá uma área de aproximadamente 37 mil metros quadrados.

O foco do espaço é solucionar ou amenizar problemas como o esgotamento de aterros sanitários, a necessidade de transporte de resíduos por longas distâncias e a emissão de gases de efeito estufa.

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Usina está sendo construída na região metropolitana de São Paulo (Imagem: reprodução/URE Barueri)

Projetos semelhantes estão em andamento

Financiada pelo grupo Orizon, a URE deve processar até 870 toneladas de lixo por dia. Além de Barueri, a usina vai receber resíduos dos municípios de Santana de Parnaíba e Carapicuíba. A capacidade de geração prevista é de 20 MW, o suficiente para atender a demanda de aproximadamente 8 mil moradias.

A energia será distribuída por meio da construção de uma Linha de Transmissão de aproximadamente 300 metros de extensão e será conectada a Linha de Transmissão 138 KV já existente da Enel. Leilões irão definir quem ficará responsável pelas operações de comercialização.

Energia gerada será distribuída para o sistema (Imagem: reprodução/URE Barueri)

Para São Paulo, está previsto ainda a construção de outras duas UREs até 2028, cada uma com 1 mil toneladas/dia de capacidade e 30 MW de potência instalada. Além da possibilidade de mais duas usinas até 2035, com o objetivo de desviar até 70% dos resíduos dos aterros sanitários até 2040.

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