A primavera marca o início da renovação de umidade no solo: o que significa que vem chuva por aí, especialmente na segunda quinzena de outubro, segundo a Climatempo. Nesta semana, o avanço de uma frente fria já altera a paisagem no Sudeste, e a circulação de ventos deve se modificar aos poucos, formando áreas de instabilidade no Centro-Oeste.
Regiões do norte de Minas Gerais e de Goiás, Distrito Federal, Tocantins, do centro-sul do Maranhão e do Piauí e do oeste da Bahia, também verão o aumento das precipitações na segunda quinzena de outubro. Pelo interior do Brasil, a formação de baixas pressões atmosféricas vão favorecer o crescimento das nuvens.
E o efeito La Niña já tem impactado o clima no Brasil graças ao resfriamento no oceano Pacífico Equatorial, na costa do Peru. O cenário facilita a passagem de corredores de umidade do Norte para o Centro-Oeste e Sudeste do país, aumentando a possibilidade de chuva até o fim deste mês.
Solo fértil
Parte do país viu o retorno das chuvas já no mês de setembro, mas ainda de forma irregular. Os volumes acumulados até agora são insuficientes para manter o solo úmido – o que já é esperado após o inverno, período marcado por baixos índices de precipitação.
Há regiões que estão há pelo menos 30 dias sem receber volume de chuva igual ou superior a 10 mm, especialmente no Nordeste, de acordo com mapas da Agritempo.
Situação bem diferente no Sul, Norte, partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a chuva tem sido frequente nas últimas semanas, favorecendo o armazenamento de água no solo. É o momento para início do plantio de soja, a principal cultura na região central do Brasil durante a primavera e o verão.
A depender da região, agricultores começam a plantar quiabo, abóbora, pepino, pimenta, couve, batata-doce e tomate, além de leguminosas forrageiras como o feijão-miúdo.
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Verão amazônico
Enquanto isso, o estado do Amazonas está passando por um “verão amazônico” atípico, com mais chuvas do que o esperado para o período.
Neste ano, o resfriamento do oceano Pacífico Equatorial causou mudanças na circulação de ventos e no padrão de pressão atmosférica sobre América do Sul, favorecendo chuvas na região Norte mesmo em uma época em que historicamente há diminuição da precipitação, segundo a Climatempo.
Até o dia 12 de outubro, Manaus acumulava 129 mm, superando um pouco a média para o mês fica em torno de 114 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia;
Em setembro choveu 70,1 (média de 79 mm), em agosto choveu 132,4 mm (média de 56 mm), mais do que o dobro da média para o mês;
Em julho, o acumulado foi de 85,1 mm, pouco acima da média para o mês que é de 67 mm;
A previsão para Manaus e o restante do estado amazônico é de mais chuva ao longo de outubro, com pancadas de moderada a forte intensidade.
O post Chuva toma o Brasil na segunda quinzena de outubro; veja previsão apareceu primeiro em Olhar Digital.