Qual a diferença entre asteroides, cometas e meteoro​s?

O espaço está repleto de corpos celestes que viajam pelo Sistema Solar, e, às vezes, cruzam o caminho da Terra. Apesar de muitas pessoas confundirem os termos, asteroides, cometas e meteoros são objetos distintos, com origens, composições e comportamentos diferentes.

Compreender essas diferenças é fundamental para entender o funcionamento do Sistema Solar e avaliar potenciais riscos de impacto. A seguir, explicamos cada um desses fenômenos e como eles se diferenciam.

Qual a diferença entre asteroides, cometas e meteoros?

Embora todos se movam pelo espaço e interajam com a Terra em algum momento, asteroides, cometas e meteoros apresentam origens, composições e comportamentos distintos. Conhecer essas diferenças é essencial para estudos astronômicos e prevenção de impactos. Abaixo, detalhamos cada um.

Asteroides

Imagem de Ceres capturada pela sonda Dawn em 4 de maio de 2015, mostrando as crateras Haulani e Oxo, cujos materiais brilhantes lembram os da cratera Occator. / Crédito: NASA / JPL-Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA / Justin Cowart

Os asteroides são corpos rochosos ou metálicos que orbitam o Sol, localizados principalmente entre Marte e Júpiter, na região conhecida como cinturão de asteroides. Eles são fragmentos de antigos planetesimais que não chegaram a se transformar em planetas durante a formação do Sistema Solar. 

Compostos essencialmente por rochas e metais, os asteroides não possuem gelo em quantidade significativa. Alguns apresentam superfícies mais refletivas, mas a maioria é formada por carbono ou silicato, o que lhes confere um aspecto escuro.

Esses objetos variam de poucos metros até centenas de quilômetros de diâmetro. O maior deles é Ceres, que mede quase 1.000 km. Apenas os asteroides mais próximos e grandes podem ser vistos a olho nu em céus escuros. 

Diferentemente dos cometas, eles não têm cauda brilhante nem liberam gases, aparecendo apenas como pontos luminosos no espaço.

Cometas

Cometa 17P/Holmes com cauda iônica / Crédito: Iván Éder / Wikimedia

Os cometas são corpos celestes que possuem em sua composição uma mistura de gelo, poeira e rochas que orbitam o Sol em trajetórias elípticas bastante alongadas. Quando se aproximam do Sol, o calor provoca a sublimação do gelo, liberando gases e partículas que formam uma atmosfera difusa chamada coma e uma cauda brilhante visível da Terra. Essa cauda se estende sempre na direção oposta ao Sol, devido à ação do vento solar

A composição dos cometas inclui gelo de água, metano e amônia, além de poeira e material rochoso. O núcleo pode ter de algumas centenas de metros a dezenas de quilômetros, enquanto a cauda pode atingir distâncias imensas, até maiores que a distância entre a Terra e o Sol. 

Diferente dos asteroides, os cometas são facilmente reconhecíveis por sua aparência luminosa e cauda característica, que reflete a luz solar. Embora a maioria seja pequena e inofensiva, um cometa de grande porte poderia causar sérios impactos caso colidisse com a Terra. Felizmente, suas órbitas são monitoradas com precisão, o que permite prever eventuais aproximações.

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Meteoros

Meteoro visto do observatório Atacama Large Millimeter Array (ALMA) / Crédito: ESO / C. Malin / Wikimedia

Conhecidos popularmente como “estrelas cadentes”, os meteoros são fenômenos luminosos que ocorrem quando fragmentos de asteroides ou cometas (chamados de meteoroides) entram em alta velocidade na atmosfera terrestre. O atrito com o ar aquece intensamente esses fragmentos, fazendo com que brilhem por alguns instantes antes de se desintegrarem.

Esses corpos podem conter rochas, metais ou gelo e, em geral, medem de poucos milímetros a alguns centímetros, embora existam exemplares maiores. Quando um meteoro não se desintegra completamente e atinge o solo, ele recebe o nome de meteorito.

Ao contrário dos cometas, os meteoros não possuem uma cauda permanente: o brilho intenso ocorre apenas pela queima momentânea do material durante a passagem atmosférica. 

Na maioria dos casos, são inofensivos, mas objetos maiores podem gerar explosões atmosféricas significativas, como o evento registrado em Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, que causou danos e ferimentos devido à onda de choque.

Resumo comparativo

Chuva de meteoros Orionídeos no céu ao pôr do sol / Crédito: Nazarii_Neshcherenskyi / Shutterstock

A seguir apresentamos um resumo dos principais pontos:

Asteroides: grandes e rochosos, orbitam o Sol sem cauda, podem causar impactos catastróficos.

Cometas: formados por gelo e poeira, têm cauda visível quando se aproximam do Sol, e impactos são raros, mas perigosos.

Meteoros: pequenos fragmentos que queimam ao entrar na atmosfera; se atingirem o solo, tornam-se meteoritos, geralmente inofensivos.

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