Um dos efeitos das mudanças climáticas é a maior ocorrência e intensidade de incêndios florestais. Com grandes espaços verdes, especialmente na região da Amazônia, o Brasil é particularmente afetado pelo problema.
Neste cenário, um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) busca analisar as causas da rapidez e do vigor com que o fogo tem se espalhado. E dá importância aos relatos de quem combate as chamas.
Queimadas estão avançando pelo território brasileiro
De acordo com o INPE, em 2024, 246 mil quilômetros quadrados foram destruídos por incêndios florestais, uma área equivalente ao estado de São Paulo. Quase a metade dos focos se concentrou na Amazônia.
No estado do Amazonas, a área queimada passou de 9 mil quilômetros quadrados. Já no Pará, ultrapassou os 36 mil quilômetros quadrados. Esta foi a maior área destruída pelo fogo nos dois estados desde o início da série histórica em 2002.
Nesse último relatório, a gente contabilizou que as mudanças climáticas podem ter amplificado em até 30 vezes a extensão da área queimada aqui na América do Sul. Infelizmente, a gente vê que o fogo vem ganhando espaço, literalmente, aumentando a sua extensão nas regiões mais úmidas do país.
Liana Anderson, pesquisadora do Inpe
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Importância dos relatos de brigadistas e voluntários
O trabalho também cruzou, pela primeira vez, dados de satélite com relatos de quem combate as chamas.
Ao longo de 2024, quase 81 mil pessoas entre bombeiros, brigadistas e voluntários atuaram na luta contra os incêndios.
A ideia é usar a experiência de quem se arrisca nestas ocorrências para deixar as ações de prevenção mais eficientes.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a contratação de brigadistas ajudou a reduzir em 72% as áreas degradadas neste ano.
As informações são do G1.
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