Quem passa por Cusco muitas vezes usa a cidade como uma simples escala para conhecer Machu Picchu – e, logo depois, seguir viagem para outro lugar. Mas, se estiver organizando uma ida para essa região repleta de legados da civilização inca, é uma excelente ideia não limitar seus planos à famosa cidadela dos Andes: há muito o que ver e fazer nas cercanias cusqueñas e, o melhor, são lugares bem menos disputados que os lugares consagrados.
Importante: ao chegar em Cusco evite fazer qualquer passeio que exija esforço físico. É fundamental a aclimatação ao menos por dois dias por conta da altitude.
1. Lagunas de Ausangate
Lagoas formadas pelo degelo rendem paisagem incrível e ainda pouco exploradasergejf/Wikimedia Commons
As chamadas “Siete Lagunas de Ausangate” são lagoas translúcidas de altitude, formadas pelo degelo dos glaciares das montanhas vizinhas. Em linha reta, esse deslumbrante parque natural fica a 80 km de Cusco, mas não há estradas regulares que permitem chegar lá – por isso, o ideal é contratar um serviço de guias e transporte quando chegar na cidade. O trecho final, aliás, envolve trekking.
O pedaço do trajeto feito a pé tem cerca de 15 km, e exige preparo físico tanto pela distância quanto pela altitude: tudo ocorre aos pés do Ausangate, uma das montanhas mais altas do país, cujo cume supera os 6,3 mil metros sobre o nível do mar (as lagoas propriamente ditas ficam por volta dos 4 mil metros).
O pico também tem um importante significado cultural para as populações originárias do país, recebendo um festival de cunho religioso conhecido como Quyllurit’i, que – após séculos de sincretismo – costuma ocorrer na semana prévia ao feriado de Corpus Christi.
A Civitatis organiza passeios para as 7 lagunas de Ausangate
2. Waqrapukara
A fortaleza do chifre impressionaTatsu T./Pexels
Machu Picchu pode ser o sítio arqueológico mais famoso, mas está longe de ser o único que pode ser visitado na vizinhança de Cusco. Waqrapukara, termo em quéchua que significa literalmente “fortaleza do chifre”, é uma alternativa bem menos badalada: vistas de longe, essas ruínas obviamente lembram cornos (daí o nome) no alto de uma montanha.
A vista é impressionante, e acaba surpreendendo ainda mais considerando que o lugar é bem pouco conhecido. O local – que, segundo os estudiosos, foi construído pelos canchis, um povo antigo que só mais tarde foi incorporado aos domínios incas – fica a cerca de 120 km de Cusco e está a 4,3 mil metros acima do nível do mar. Também aqui é uma boa ideia contratar um tour em Cusco.
A Civitatis organiza excursões saindo de Cusco até Waqrapukara
3. Puente Q’eswachaka
Uma cerimônia anual restaura a ponte de grama trançada que existe desde a época dos incasRicardo Chirinos Portocarrero/Wikimedia Commons
Também conhecida como Queshuachaca, essa travessia sobre o rio Apurímac costuma ser definida como a “última ponte dos incas”. A estrutura em si já foi renovada inúmeras vezes (e caiu outras tantas, durante períodos de sabotagem ou falta de manutenção), mas o que vale mesmo é o saber ancestral: nos vários séculos desde os incas, essa ponte de corda acabou sendo reconstruída em seguida.
Hoje em dia, inclusive, há uma cerimônia anual de “renovação” da ponte, em que povos originários da região realizam a manutenção da estrutura e consertam o que estiver danificado, usando o ichu (um tipo de grama local) trançado. A ponte tem 28 metros de comprimento, fica a 155 km de Cusco, e o saber por trás de sua preservação foi incluído pela Unesco no Patrimônio Imaterial da Humanidade em 2013.
A Civitatis organiza excursão à ponte Inca Q’eswachaka saindo de Cusco
4. Piquillacta
Ruínas ficam no Vale Sul, ainda relativamente pouco visitadoGalleta322/Wikimedia Commons
A apenas 30 km de Cusco, esse complexo arqueológico fica no chamado Vale Sul, uma região ainda negligenciada pelo turismo apesar de ficar bem perto de uma cidade bastante frequentada por estrangeiros.
As ruínas são anteriores aos próprios incas: estima-se que a construção tenha ocorrido entre os séculos 5 e 6, representando um exemplo de urbanização dos povos americanos quase um milênio antes da ascensão do Império Inca.
Excursão a Tipón, Pikillacta e Andahuaylillas com a Civitatis
5. Raqchi
Raqchi chama atenção pelo tamanho dos paredões de terracota ainda em péEd88/Wikimedia Commons
Também parte do Vale Sul, Raqchi é uma cidadela muito mais recente: essa, sim, seria totalmente inca, com construção estimada em algum momento do século 15, logo antes da chegada dos invasores europeus. O sítio arqueológico, porém, conserva achados que demonstram que a zona já tinha habitantes antes disso.
Raqchi fica a cerca de 120 km de Cusco e, como outros lugares menos frequentados no Peru, a infraestrutura de visitação é incipiente. Busque por agências de passeio em Cusco.
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