Os acionistas da Tesla irão decidir nesta quinta-feira (6) o futuro de Elon Musk. Na data, será votada a proposta que prevê um pacote de remuneração avaliado em quase US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões) e que pode ampliar o poder do empresário sobre a companhia.
Além disso, o conselho da empresa irá decidir se a montadora de veículos elétricos deve investir em outra empresa do sul-africano. Enquanto isso, a pressão aumenta com o bilionário ameaçando deixar o cargo de CEO caso o pacote não seja aprovado.
Possível ampliação da parceria entre Tesla e xAI
Após deixar a Casa Branca, os investidores esperavam que o foco de Musk voltasse para a Tesla.
No entanto, o empresário passou a gastar mais tempo com a xAI, sua startup de inteligência artificial.
Alguns acionistas da montadora de veículos elétricos afirmaram recentemente que essa divisão do bilionário em várias frentes não seria um grande problema.
Na verdade, a expectativa é que o aperfeiçoamento dos serviços da xAI também beneficie a Tesla nos próximos anos.
É por isso que, além da remuneração do sul-africano, será votado se a companhia deve investir na xAI.
Existe uma certa divisão de opiniões sobre o tema e o conselho da Tesla não emitiu nenhuma recomendação sobre a proposta.
Para Musk, a colaboração entre suas duas empresas seria benéfica.
Ele destacou o papel central da IA para o desenvolvimento dos robôs Optimus e da tecnologia de direção autônoma.
O chatbot Grok, por sua vez, já está integrado em alguns veículos da Tesla.
As informações são do The Wall Street Journal.
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O que está em jogo?
A proposta que será analisada pelos acionistas da Tesla prevê um pacote de ações a ser distribuído a Musk ao longo de dez anos, caso ele atinja uma série de metas ambiciosas. Entre elas, estão: aumentar o valor de mercado da empresa de US$ 1,4 trilhão (R$ 75 trilhões) para US$ 8,5 trilhões (R$ 456 trilhões); vender 20 milhões de veículos elétricos; colocar um milhão de robôs humanoides em operação; e ter um milhão de robotáxis rodando comercialmente.
O plano também inclui dez milhões de assinaturas do sistema de direção autônoma FSD, considerado um dos pilares da estratégia tecnológica da empresa. Se alcançasse todos os objetivos, Musk passaria a deter quase 29% das ações da Tesla.
O pacote é dividido em 12 etapas de compensação, atreladas ao desempenho da empresa. Segundo o conselho, esse formato é uma forma de garantir que o pagamento só ocorra mediante resultados concretos e manter o executivo motivado a longo prazo. Para a presidente da Tesla, Robyn Denholm, o plano reflete “a escala da visão de Musk”. E reconhece seu papel central na transformação da companhia numa líder de robótica e inteligência artificial.
Críticos, porém, afirmam que o plano vai muito além de um bônus por desempenho. Consultorias como Glass Lewis e ISS Stoxx recomendaram que investidores rejeitem a proposta, alegando que o pacote poderia ser parcialmente concedido mesmo que metas operacionais não fossem cumpridas. Além disso, destacam que o conselho da Tesla é composto por amigos e familiares de Musk, o que levantaria dúvidas sobre a independência das decisões.
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