O presidente da Alphabet (empresa controladora do Google), Sundar Pichai, afirmou que nenhuma empresa estaria totalmente protegida caso a atual euforia em torno da inteligência artificial resultasse em uma bolha.
Em entrevista exclusiva à BBC News, ele classificou o momento como “extraordinário”, mas reconheceu haver sinais de “irracionalidade” no ritmo acelerado de investimentos no setor.
A valorização expressiva de empresas de tecnologia reacendeu temores no Vale do Silício de uma repetição da bolha da internet no início dos anos 2000.
Pressão dos mercados e expansão global
As ações da Alphabet dobraram de valor em sete meses, impulsionadas pela confiança na capacidade da empresa de competir com rivais como a OpenAI e a Nvidia.
Pichai afirmou que o Google tem vantagens estratégicas por controlar toda a cadeia — de chips ao YouTube —, o que, segundo ele, pode ajudar a companhia a enfrentar eventuais turbulências.
O executivo também destacou a expansão no Reino Unido: a Alphabet vai investir £5 bilhões em infraestrutura e pesquisa, incluindo o fortalecimento da DeepMind.
Pela primeira vez, Pichai indicou que a empresa poderá treinar modelos no país, atendendo a uma demanda do governo britânico.
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Energia, clima e futuro do trabalho
O avanço da IA, no entanto, traz desafios significativos. Pichai alertou para as crescentes demandas energéticas do setor, que já representam 1,5% do consumo global.
Ele reconheceu que isso atrasará metas climáticas da empresa, mas manteve o compromisso de alcançar emissões líquidas zero até 2030.
Sobre o impacto no mercado de trabalho, o executivo afirmou que a IA transformará profissões, criará novas funções e exigirá adaptação contínua. Quem aprender a usar as novas ferramentas, disse, “se sairá melhor”.
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