A Amazon revelou novos detalhes sobre o Autonomous Threat Analysis (ATA), um sistema interno baseado em agentes de inteligência artificial criado para identificar vulnerabilidades e sugerir correções com mais rapidez. A tecnologia nasceu durante um hackathon interno em agosto de 2024 e se tornou uma ferramenta central no processo de segurança da empresa, especialmente em um cenário em que a IA generativa acelera tanto o desenvolvimento de software quanto a ação de cibercriminosos. As informações são da Wired.
Com o aumento da produção de código e a sofisticação dos ataques digitais, equipes de segurança enfrentam um volume crescente de ameaças. A Amazon afirma que o ATA ajuda a ampliar a cobertura das análises, reduzindo limitações comuns causadas pela falta de profissionais e pela dificuldade de manter defesas atualizadas em um cenário que muda constantemente.
A Amazon afirma que o ATA ajuda a ampliar a cobertura das análises (Imagem: shutterstock/Portrait Image Asia)
Como funciona o ATA
O ATA não opera como um único agente, mas como um conjunto de IA especializadas divididas em duas equipes: uma focada em simular ataques e outra dedicada à defesa. Esses agentes competem entre si para testar técnicas reais de invasão e propor contramedidas. A Amazon desenvolveu ambientes de teste altamente fiéis aos sistemas de produção, permitindo que os agentes executem comandos reais e gerem telemetria verificável.
Segundo a empresa, cada técnica ou recomendação produzida pelo ATA passa por validação automatizada com dados reais. Esse processo reduz falsos positivos.
O sistema já demonstrou impacto significativo, segundo a Amazon (Foto: Marcos del Mazo/Shutterstock)
Resultados e próximos passos
A Amazon destaca que o sistema já demonstrou impacto significativo. Em um dos testes, o ATA analisou ataques Python do tipo “reverse shell” e, em poucas horas, encontrou novas variações da técnica, além de sugerir detecções que se mostraram 100% eficazes.
Entre as vantagens apresentadas pela empresa estão:
Capacidade de gerar rapidamente variações de técnicas ofensivas
Propostas de correções em escala que humanos levariam muito mais tempo para produzir
Redução de tarefas repetitivas para analistas de segurança, que passam a focar em problemas mais complexos
Embora funcione de forma autônoma, o ATA mantém o modelo “human in the loop”: um profissional revisa e aprova qualquer alteração antes de sua implementação real. Para os engenheiros envolvidos, como Michael Moran, um dos criadores do projeto, o sistema permite investigar novas técnicas de ataque em “velocidade de máquina”.
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O próximo objetivo é incorporar o ATA diretamente ao processo de resposta a incidentes, possibilitando detecção e contenção mais rápidas durante ataques reais aos sistemas da Amazon. Schmidt afirma que a IA assumirá o trabalho pesado, enquanto especialistas humanos se concentrarão em ameaças críticas.
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