Os principais parceiros de data center da OpenAI estão a caminho de acumular quase US$ 100 bilhões em dívidas vinculadas à startup, que segue deficitária, mas avança apoiada em investimentos de terceiros.
SoftBank, Oracle e CoreWeave já tomaram ao menos US$ 30 bilhões para financiar data centers ou ampliar sua infraestrutura para atender às demandas da criadora do ChatGPT, segundo análise do Financial Times.
Outros investidores, como a Blue Owl Capital e a empresa de computação Crusoe, também dependem de acordos com a OpenAI para pagar cerca de US$ 28 bilhões em empréstimos.
Parcerias alavancadas e riscos distribuídos
Um consórcio de bancos negocia ainda um novo empréstimo de US$ 38 bilhões para a Oracle e a Vantage Data Centers, destinado à construção de mais instalações usadas pela OpenAI.
Executivos da startup afirmam que a empresa pretende, no futuro, levantar dívidas substanciais, mas reconhecem que, até agora, o peso financeiro recai principalmente sobre parceiros e credores.
“Essa tem sido a estratégia: como a OpenAI alavanca os balanços patrimoniais de outras pessoas?”, disse um executivo sênior.
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A dimensão desse endividamento intensifica o escrutínio sobre os US$ 1,4 trilhão em contratos assinados pela empresa neste ano para compra de capacidade computacional — um volume muito superior à receita anualizada estimada, de US$ 20 bilhões.
Expansão acelerada e estruturas financeiras complexas
Avaliada em US$ 500 bilhões, a OpenAI afirma que a escassez global de poder computacional é o principal obstáculo ao seu crescimento e ao desenvolvimento de sistemas de “inteligência artificial geral”.
Enquanto isso, parceiros como Oracle, Blue Owl, Vantage e Crusoe recorrem a estruturas como SPVs e entidades de interesse variável para captar recursos e reduzir riscos diretos.
A Oracle, por exemplo, já vendeu US$ 18 bilhões em títulos corporativos e pode precisar levantar até US$ 100 bilhões nos próximos quatro anos para cumprir seus contratos com a startup, segundo analistas.
Em projetos no Texas e no Novo México, SPVs foram criadas para viabilizar empréstimos que, em caso de inadimplência, transfeririam o controle dos data centers diretamente aos credores.
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