O governo da China, por meio da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (National Development and Reform Commission — NDRC), advertiu que o setor de robôs humanoides do país pode estar formando uma “bolha”. Apesar de o governo definir a “inteligência incorporada” — tecnologia por trás dos robôs com aparência humana — como prioridade nacional, a expansão parece superar a maturidade do mercado.
Segundo o porta-voz da NDRC, Li Chao, em declaração dada durante uma coletiva de imprensa, há hoje mais de 150 empresas atuando no setor, muitas delas startups ou companhias que migraram de outros setores. O problema — e o risco — estaria na proliferação de modelos “muito parecidos”, enquanto o investimento em pesquisa e inovação profunda diminui.
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(Imagem: IM Imagery / Shutterstock)
Aviso oficial: evitar saturação com produtos repetitivos
Em sua declaração pública, a NDRC pediu que empresas evitem lançar “produtos repetitivos” no mercado — ou seja, robôs com funcionalidades e design quase idênticos. A preocupação é que essa repetição comprometa o espaço de pesquisa e desenvolvimento, atrapalhando a inovação. O órgão deu a entender que pode haver uma concentração de recursos em duplicação em vez de avanço tecnológico.
O apelo representa uma atitude rara de cautela por parte de autoridades, num setor que até então era visto como elemento-chave para o futuro econômico da China.
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