O Banco da Inglaterra (BoE) emitiu um alerta sobre uma possível “forte correção” no valor das grandes empresas de tecnologia, impulsionada pelo avanço acelerado da inteligência artificial.
Segundo o relatório de estabilidade financeira divulgado nesta semana, as ações no Reino Unido estão próximas do maior nível desde a crise de 2008, enquanto as avaliações nos EUA remetem ao período pré-estouro da bolha da internet.
Vulnerabilidade do mercado
O documento afirma que os preços estão “particularmente elevados” no segmento de IA e que o setor deverá movimentar mais de US$ 5 trilhões em investimentos de infraestrutura nos próximos anos — boa parte financiada por dívidas.
Para o BoE, essa dependência torna o mercado mais vulnerável caso ocorra uma queda abrupta nas ações.
Instituições como FMI e OCDE também já haviam soado o alarme sobre riscos semelhantes.
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Medidas para sustentar o crédito
Além do alerta, o Banco anunciou a primeira redução desde 2008 no volume de capital exigido dos bancos comerciais. A medida, que baixará o requisito mínimo de 14% para 13% a partir de 2027, visa ampliar a oferta de crédito e apoiar a atividade econômica.
Segundo a instituição, os testes de estresse mostram que o sistema financeiro conseguiria resistir a um cenário severo, com desemprego dobrando e forte queda nos preços de imóveis.
O BoE também destacou riscos adicionais ligados às tensões geopolíticas e ao aumento dos custos de empréstimos públicos.
No mercado imobiliário, projeta que 3,9 milhões de mutuários terão de refinanciar hipotecas até 2028, muitos deles enfrentando aumento nas parcelas devido às taxas de juros ainda elevadas.
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