A LEO Flight abriu pré-venda do Solo, uma motocicleta voadora compacta equipada com dezenas de microjatos elétricos. O monoposto chega como uma nova aposta no voo pessoal e promete empolgar quem sonha em decolar por conta própria, comenta a New Atlas.
Criado por uma dupla excêntrica e experiente, o Solo mistura design futurista, microventiladores e bateria de estado sólido — colocando o futuro dos eVTOLs cada vez mais próximo.
Uma moto voadora que cabe na garagem
O LEO Solo chega como um eVTOL Part 103-friendly, o que significa que o piloto não precisa de licença para colocá-lo no ar. A pré-venda já começou com depósitos reembolsáveis, e a empresa planeja iniciar a produção no fim de 2025.
Por trás da Leo Flight está uma combinação curiosa: Pete Bitar, conhecido por uma longa lista de experimentos com jatos elétricos, e Carlos Salaff, ex-designer da Mazda. Juntos, eles tentam transformar anos de invenções ousadas — e às vezes instáveis — em produtos reais.
O histórico de Bitar inclui jetpacks, veículos experimentais e outros protótipos dignos de inventor maluco. Salaff, por outro lado, traz o olhar de quem trabalhou em conceitos automotivos como os Mazda Nagare e Furai. O resultado dessa mistura? Um veículo que parece ter saído de um jogo futurista, mas pensado para uso real.
De protótipos estranhos ao LEO Solo
Antes da parceria, Bitar já havia criado a ElectricJet e testado uma série de projetos de voo pessoal. O VertiCycle parecia uma cadeira amarrada a latas; o EJ-1S era um jetpack completo com “botas a jato”; e o CanopE-Jet buscava reinventar o parapente motorizado.
Leia mais:
Moto com painéis solares retráteis promete recarga própria
Após vídeo falso viralizar, Musk reafirma que a Tesla nunca produzirá motocicletas elétricas
Placa, habilitação e IPVA: ‘motinhos’ elétricas terão novas regras de trânsito em 2026
Com a chegada de Salaff em 2021, a dupla finalmente canalizou essas ideias para algo mais consistente. Primeiro veio o cupê voador LEO, capaz de atingir 402 km/h, mas ainda só em renderizações. Agora, o foco se voltou ao Solo, um veículo muito mais simples.
A LEO Flight abriu reservas de US$ 999 (cerca de R$ 5,3 mil) para quem quiser garantir seu lugar na fila. Um detalhe importante: a produção estimada para 2025 pode sofrer atrasos, já que o veículo depende de uma bateria de estado sólido que ainda não está disponível comercialmente.
Como a moto voadora funciona
A proposta do Solo é voar usando 48 microventiladores elétricos — 12 em cada canto. O design fechado melhora a segurança em comparação com o uso de hélices expostas, mas traz um desafio enorme: a carga de disco.
Ventoinhas pequenas precisam girar muito mais rápido para gerar sustentação, consumindo mais energia. Na prática, isso significa pouco tempo no ar e grande demanda sobre a bateria.
Segundo a LEO Flight, o Solo deve oferecer:
10 a 15 minutos de voo por carga.
Velocidade máxima de 97 km/h.
Altitude limitada a 4,57 metros.
Nível de ruído de 80 dB (equivalente a um aspirador potente).
Dimensões de 2 x 2 metros, quase uma cama king-size.
Outra vantagem é poder carregar a bateria em casa — algo raro para um eVTOL.
Primeiros testes
Os vídeos de teste já mostram pessoas subindo cuidadosamente na plataforma protótipo, com voos curtos e próximos ao chão. O segundo voo registrado aparenta mais estabilidade, um bom sinal considerando que operar tão perto da superfície cria turbulências adicionais.
Apesar disso, o protótipo atual — uma estrutura simples em formato de caixa — ainda está longe das renderizações elegantes criadas por Salaff. A dependência de baterias de estado sólido, somada ao fato de já estarmos próximos de 2025, torna o prazo de produção bastante incerto.
O post Quer voar? Moto voadora com microjatos elétricos começa a ser vendida apareceu primeiro em Olhar Digital.





