A BYD pretende, nos próximos três anos, erguer uma nova fábrica de grande porte no Brasil para a fabricação de ônibus elétricos, segundo informações da Exame.
A ideia estaria ligada ao fato de a demanda superar a capacidade de produção anual da montadora, de 600 unidades (valor acumulado na última década) para sete mil anuais.
A construção de uma nova megafábrica também geraria centenas de empregos e atenderia o mercado nacional, América do Sul e, futuramente, a África.
BYD já monta ônibus em solo brasileiro
A chinesa já monta chassis de ônibus elétricos desde 2015, em Campinas (SP);
De acordo com Marcello Schneider, diretor de veículos comerciais da BYD Brasil, espera-se produção de cerca de 1,2 mil chassis no ano que vem;
Essa quantidade já é o dobro de toda a produção da chinesa no Brasil em seus primeiros dez anos aqui;
Hoje, a carteira de pedidos da BYD está quase fechada para 2026. Schneider afirmou que a empresa tem, como prioridade, cumprir os pedidos recebidos e ampliar, gradualmente, sua capacidade produtiva.
A planta de Campinas (SP) tem capacidade teórica para produção de dois mil chassis por ano, mas sua produção efetiva é menor do que isso, pois a fábrica trabalha com vários modelos, como os articulados. Isso demanda mais tempo e recursos por unidade.
Evitando atrasos
A montadora adotou plano de expansão em etapas para não haver atrasos nas entregas. A curto prazo, a BYD instalará uma unidade temporária próximo a Campinas (SP), dobrando a capacidade atual entre quatro e seis meses.
E a nova fábrica?
Sobre a nova fábrica brasileira, a Exame informa que a BYD quer que fique no interior do Estado de São Paulo e que comece a operar entre dois e três anos.
Quando estiver a todo vapor, ela poderá produzir entre seis e sete mil chassis anualmente, além de abrigar a futura produção de caminhões elétricos. Atualmente, esse tipo de veículo é importado.
A planta vai ocupar 180 mil m², enquanto a atual ocupa cerca de sete mil m². Em Campinas (SP), a montadora opera em galpões alugados. Assim que a nova fábrica estiver funcional, vai concentrar todas as atividades da região.
Além disso, a expectativa da chinesa é que a quantidade de funcionários passe dos atuais 80 a 100 para cerca de entre 700 e 800.
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Exportação
Como dissemos antes, a BYD não pensa só no mercado brasileiro, almejando também a exportação. Schneider explicou que o Brasil é visto pela companhia um polo estratégico para fornecimento de ônibus elétricos na América do Sul, especialmente para países do Mercosul.
Também há planos para que as exportações cheguem à África do Sul no longo prazo, uma vez que a produção e a logística regionais sejam consolidadas.
Eletrificação
Por fim, Schneider avaliou que, mesmo que o Brasil esteja avançando mais lentamente na eletrificação de sua frota de automóveis em relação a países, como Chile e Colômbia, o tamanho do mercado local garante potencial de crescimento a longo prazo, conforme a produção alcança escala.
Demanda por ônibus elétricos cresce
Esse aumento na demanda mostra como as frotas urbanas começaram a ser renovadas no pós-pandemia de Covid-19. Em São Paulo (SP), por exemplo, as empresas de ônibus estão trocando os veículos que precisaram rodar além do prazo preestabelecido durante as restrições sanitárias.
Soma-se a isso as regulações locais e programas de subsídios que aceleram o uso de frota elétrica. Outras capitais, como Curitiba (PR), Goiânia (GO), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ), passam pelo mesmo processo de eletrificação, só que em menor escala.
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