Conviver com escapes de urina ainda gera constrangimento para muitas mulheres, porém o assunto precisa ganhar espaço nas conversas sobre autocuidado. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 45% das mulheres acima dos 40 anos apresentam algum grau de perda urinária. Diante desse cenário, adotar hábitos que favorecem a saúde pélvica faz toda a diferença. Entre eles, a prática regular de atividade física se destaca, sobretudo quando foca no fortalecimento do assoalho pélvico.
Além disso, compreender como o corpo funciona ajuda a reduzir o medo e aumenta a busca por soluções eficazes. Nesse contexto, métodos de exercício consciente, como o pilates, surgem como grandes aliados, já que trabalham força, coordenação e controle corporal de forma integrada.
O assoalho pélvico reúne músculos, ligamentos e tecidos que sustentam órgãos importantes, como bexiga, útero e intestino. Além de oferecer apoio, essa musculatura participa ativamente do controle da urina. Portanto, quando ocorre o enfraquecimento dessa região, situação comum após a gravidez, durante a menopausa ou com o passar dos anos, os escapes urinários tendem a aparecer.
Por isso, cuidar da saúde pélvica vai muito além de tratar sintomas. Na prática, fortalecer essa musculatura ajuda tanto na prevenção quanto no controle das perdas involuntárias. Ou seja, investir em exercícios específicos melhora a funcionalidade do corpo e devolve mais segurança para a rotina diária.
Aliado no fortalecimento e na prevenção dos escapes
O pilates se destaca entre as modalidades mais indicadas para quem busca fortalecer o assoalho pélvico. Isso acontece porque os exercícios ativam o chamado powerhouse, centro de força que engloba abdômen, lombar, pelve e quadris. Assim, o corpo ganha mais estabilidade e resistência, inclusive na região responsável pelo controle urinário.
Além disso, o método trabalha força, flexibilidade, coordenação e equilíbrio de forma integrada. Como resultado, a praticante desenvolve maior consciência corporal, o que favorece a ativação correta dos músculos profundos no dia a dia. Desse modo, ações simples, como tossir, rir ou pegar peso, passam a gerar menos impacto sobre a bexiga.
Outro ponto importante envolve a respiração. No pilates, ela acontece de forma sincronizada aos movimentos: inspira-se pelo nariz e expira-se pela boca, ativando o abdômen profundo. Assim, o fortalecimento acontece de dentro para fora, beneficiando não apenas a saúde pélvica, mas o corpo como um todo.
Prática regular
Quando praticado regularmente, o pilates contribui para reduzir episódios de escapes urinários e ainda oferece benefícios extras. Mulheres no pós-parto, por exemplo, encontram no método uma forma segura de recuperar o tônus muscular. Da mesma forma, quem atravessa a menopausa percebe ganhos importantes, já que essa fase costuma deixar o assoalho pélvico mais vulnerável.
Entretanto, somente o exercício não substitui a avaliação profissional. Por isso, ao perceber qualquer sinal de perda urinária, mesmo que esporádico, buscar orientação médica ou fisioterapêutica se torna fundamental. Quanto antes ocorre a investigação, mais rápido surge o tratamento adequado.
Além disso, produtos específicos ajudam a lidar com os escapes no cotidiano, oferecendo mais conforto e segurança enquanto o fortalecimento muscular acontece. Assim, cuidar da saúde pélvica se transforma em um processo contínuo, baseado em informação, movimento e acolhimento.
Resumo: Os escapes urinários afetam muitas mulheres, especialmente após os 40 anos. Fortalecer o assoalho pélvico é essencial para a saúde pélvica. Nesse sentido, o pilates se destaca por trabalhar força, respiração e consciência corporal. A prática regular, aliada à orientação profissional, contribui para mais controle, bem-estar e qualidade de vida.
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