A saúde digital está se consolidando no Brasil, facilitando o acesso a cuidados médicos e ampliando o atendimento em regiões com poucos recursos. Serviços como telemedicina e prescrição digital têm ganhado cada vez mais relevância, refletindo o crescente interesse dos brasileiros nessa modalidade.
Segundo pesquisa do Sesi/Instituto Nexus, divulgada pela Exame, 81% dos usuários avaliam positivamente os serviços de saúde digital, um aumento em relação aos 73% registrados há dois anos, mostrando que profissionais e pacientes estão se adaptando bem à transformação digital.
Principais serviços digitais ganham espaço
O avanço da saúde digital se reflete nos serviços mais utilizados, que tornam o atendimento mais ágil e prático:
Agendamento de consultas e exames: 57%.
Teleconsultas: 49%.
Integração digital de exames laboratoriais e de imagem: 33%.
Prescrição digital de medicamentos: 23%.
Na prática, isso significa reduzir filas, acelerar diagnósticos e favorecer a prevenção, especialmente em regiões distantes e para a população de baixa renda.
Emmanuel Lacerda, superintendente de saúde e segurança do Sesi, à Exame.
Aumentando a confiança e o letramento digital
Apesar dos avanços, apenas 1 em cada 5 brasileiros já utilizou serviços de saúde digital. Entre os desafios estão:
Insegurança ou falta de confiança no atendimento online: 35%.
Dificuldade de acesso à internet: 23%.
Pouco conhecimento sobre como encontrar e usar os serviços.
Para superar essas barreiras, especialistas defendem campanhas de letramento digital e orientação feita por profissionais de saúde, garantindo que todos saibam utilizar os serviços de forma segura e eficiente.
União entre setor público e privado
O poder público e a iniciativa privada desempenham papéis complementares no crescimento da saúde digital. A RNDS e o aplicativo Meu SUS Digital ajudam a ampliar o acesso aos dados de saúde, enquanto empresas privadas podem oferecer exames, telessaúde e educação, integrando soluções ao SUS e aos planos de saúde.
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“O setor privado pode atuar não só na prevenção, mas também na assistência, contribuindo para modelos de saúde mais sustentáveis”, comenta Luis Gustavo Kiatake, diretor da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde.
O futuro da saúde digital no Brasil depende da integração entre tecnologia, inclusão, capacitação e confiança dos usuários, tornando esse modelo uma realidade acessível e eficiente para todos.
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