Quem tem pets em casa provavelmente já teve que levar seu bichinho ao veterinário para a realização de exames. A maioria dos cães e gatos não é muito adepta do passeio, porém, com as técnicas corretas, é possível controlá-los.
Mas, imagine se, ao invés de felinos e cachorros, você tivesse que levar um cavalo, um leão ou rinoceronte para se consultar. Assim como os de estimação, os animais maiores também precisam de cuidados.
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Muita gente nem imagina, mas os gigantes da natureza também fazem exames de sangue e imagem, além de análises de fezes e urina. Segundo especialistas entrevistados pelo Metrópoles, todas as práticas exigem métodos corretos para evitar riscos aos animais e aos profissionais.
A depender do animal e de seu comportamento, coletas de fezes e urina são realizadas no próprio local onde o bicho se encontra, pois são testes mais rápidos. Exames de sangue também podem ser feitos na moradia, porém com cuidado para não assustá-los com movimentos bruscos.
Já testes de imagem, como ultrassom ou raio-X, também têm condições de serem realizados em campo. Como são um pouco mais invasivos, tanto os profissionais quanto os gigantes devem estar bem posicionados para a segurança de ambos.
“Exames mais detalhados para investigar doenças específicas, funcionamento de órgãos ou infecções, precisam ser enviados para laboratórios especializados, que têm equipamentos adequados para análises mais precisas”, explica Igor Zimovski, diretor da clínica veterinária do Centro Universitário Uniceplac, em Brasília.
Segundo Zimovski, a maioria dos casos não exige sedação e apenas contenção. Tranquilizantes e anestésicos só são recomendados em situações de bastante agitação, estresse ou dor.
Outra técnica a ser utilizada para coletas mais seguras é o condicionamento operante, um treinamento no qual o bicho responde a comandos específicos e recebe recompensas ao executá-lo corretamente. No entanto, por ser um processo mais demorado, o método não é indicado para situações de emergência.
“Girafas podem ser condicionadas para permitir a coleta de sangue. Grandes felinos também podem ser treinados para possibilitar o acesso a veias específicas. Radiografias podem ser realizadas por meio do condicionamento, especialmente nas extremidades dos membros de antílopes e zebras. Em dromedários, utilizamos exclusivamente o condicionamento para a coleta de sangue, por exemplo”, exemplifica o médico veterinário Daniel Fedullo, do Aquário de São Paulo.
Algum animal dá mais trabalho?
O tamanho por si só já é um grande dificultador na hora da realização de exames, mas o temperamento e comportamento do animal também conta bastante. Enquanto o manejo de bovinos costuma ser mais tranquilo, cavalos são mais reativos e sensíveis a barulhos e movimentos, sendo mais complicados de controlar. Animais silvestres, como elefantes, baleias, onças e leões, também dão bastante trabalho.
A depender do comportamento, cavalos dão trabalho para realizar exames
Principais riscos de exames em animais de grande porte
Animais não são como seres humanos e não conseguem controlar seus comportamentos e instintos tanto quanto nós. Mesmo sendo bichos domésticos, até cães e gatos dão trabalho na hora de ir ao veterinário. Com animais de grande porte, é como se a tarefa do profissional triplicasse de tamanho. Além do bem-estar animal, é essencial estar atento à segurança de todos os envolvidos. Qualquer erro pode trazer prejuízos –algumas vezes até fatais.
Coices, empurrões ou pisões podem causar acidentes graves a humanos, e o estresse afeta os animais. “Um manejo adequado, aliado ao uso de técnicas veterinárias adequadas, garante exames mais seguros e resultados mais confiáveis”, finaliza Zimovski.





